Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Domingo, 24 de Novembro de 2024

Economia

Além de perdas, milho safrinha deve sofrer queda na qualidade

Estão previstas ainda, quedas acentuadas de temperatura para o mês de julho, podendo haver novas geadas

Campo Grande News

07 de Julho de 2011 - 09:11

Além das quedas nas médias produtivas do Estado, estimadas em 15% a 20% devido à geada, o milho safrinha pode ter perdas significativas na qualidade. Estudo da Fundação MS, demonstra que a quebra de produtividade pode chegar a 612 mil toneladas, nos cerca de 300 mil hectares afetados pelas geadas no final de junho.

Além das perdas em termos de quantidade, o pesquisador da Fundação MS, André Luiz Lourenção, especialista em milho e sorgo, alerta para o risco de haver queda também na qualidade principalmente por causa do estágio de desenvolvimento das plantas na ocasião da geada. “É uma sucessão de efeitos, que vão além do prejuízo visível com as geadas”, comenta o pesquisador.

As estimativas de perda em torno dos R$ 200 milhões consideram apenas as perdas ocorridas em lavouras com plantio tardio, semeadas após o dia 15 de março. Em Mato Grosso do Sul, 50% do milho safrinha teve de ser plantado fora de época, porque o grande volume de chuvas no mês de março impediu a colheita da soja e atrasou o plantio do milho.

De acordo com o pesquisador da Fundação MS, André Luiz Lourenção, especialista em milho e sorgo, na região centro-sul do Estado as perdas foram bastante acentuadas. Para o município de Maracaju, maior produtor de milho safrinha do Estado, o prejuízo pode alcançar R$ 32,8 milhões. Os municípios de Sidrolândia, Rio Brilhante e a região da Grande Dourados também foram bastante afetados.

Estão previstas ainda, quedas acentuadas de temperatura para o mês de julho, podendo haver novas geadas. A incidência das mesmas em áreas já afetadas pode aumentar ainda mais os danos, já que plantios realizados no início do mês de março podem também ser danificados, dependendo da intensidade deste fenômeno. Portanto, os prejuízos ainda podem aumentar, dependendo das condições climáticas nas próximas semanas.