Economia
André analisa impacto na folha com possível reajuste de salário
Em princípio, não passa pela cabeça do governador reajustar a folha de pagamento, que hoje atinge a casa dos R$ 200 milhões
Willams Araújo
15 de Abril de 2011 - 15:18
O governador André Puccinelli (PMDB) disse nesta sexta-feira que está analisando o impacto na folha de pessoal a partir de um possível reajuste nos salários do servidores públicos estaduais.
Em princípio, não passa pela cabeça do governador reajustar a folha de pagamento, que hoje atinge a casa dos R$ 200 milhões. No entanto, ele deu sinais de que o índice a ser eventualmente concedido será menor que o da inflação.
Se conseguir, nem chega à inflação, avisou o governador ao participar pela manhã de evento na Associação Comercial de Campo Grande.
A ideia do governador é fixar um índice de reajuste entre 2% e 4%, o que não atingiria a inflação registrada no período, que é de pouco mais de 6%, conforme o IPCA-E (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial), medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O projeto de reajuste salarial do funcionalismo público deve ser remetido à Assembleia Legislativa na segunda semana de maio.
Em entrevista à imprensa, André Puccinelli disse que iria começar a fazer as contas para chegar a um índice de reajuste após encontro com os policiais militares, no qual também iria discutir o assunto.
Ele voltou a justificar que o reajuste ficou mais difícil depois das perdas na safra decorrentes das fortes chuvas que despencaram em Mato Grosso do Sul nesse período do ano.
POLÍCIA MILITAR
Questionado sobre a reunião de hoje com os policiais militares, o governador destacou as ações de seu governo com a categoria desde seu primeiro mandado.
André Puccinelli lembrou que assumiu o Estado com soldados, em duas categorias, uma ganhando R$ 973 e outra R$ 1,2 mil. Posteriormente, explicou, os soldados passaram a receber, de forma uniforme, R$ 1,8 mil.
Ainda durante a entrevista, o governador garantiu que os servidores estaduais ganharam no acumulado de quatro anos, o que seria, segundo ele, mais que a inflação.