Economia
Apreensão com Grécia faz Bolsas caírem; dólar bate R$ 1,89
O dólar comercial é negociado por R$ 1,892, em alta de 0,63%. A taxa de risco-país marca 278 pontos, número 1% acima da pontuação anterior.
Conjuntura Online
03 de Outubro de 2011 - 14:00
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) mantém o tom negativo visto desde a abertura dos negócios desta segunda-feira, o primeiro pregão de outubro.
O mercado ficou apreensivo com a admissão da Grécia sobre a impossibilidade de cumprir as metas fiscais previamente acertadas com o FMI e os organismos da União Europeia. Analistas avaliam, no entanto, que esse reconhecimento não deve ser obstáculo para que o país mediterrâneo consiga mais ajuda financeira.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, retrocede 1,35%, aos 51.169 pontos. O giro financeiro é de R$ 1,96 bilhões.
O dólar comercial é negociado por R$ 1,892, em alta de 0,63%. A taxa de risco-país marca 278 pontos, número 1% acima da pontuação anterior.
As principais Bolsas europeias operam com perdas de 1,45% (Londres) e 2,66% (Frankfurt). Nos EUA, a Bolsa de Nova York recua 0,36%.
Os mercados reagem com nervosismo à notícia de que a Grécia não vai conseguir cumprir suas metas para reduzir o deficit orçamentário, tanto para este ano quanto para 2012. O país mediterrâneo depende de um pacote de socorro financeiro dos maiores organismos internacionais para evitar um 'default'. Como contraparte, Atenas tem que se comprometer com medidas rigorosas para reduzir os rombos financeiros, mas que têm sua credibilidade comprometida com essa admissão.
Entre as primeiras notícias do dia, o principal indicador dos EUA previsto para hoje mostrou desempenho melhor do que o esperado. A influente sondagem privada ISM apontou que o nível de atividade do setor manufatureiro expandiu pelo 26º mês consecutivo.
Elaborado a partir de questionamentos de executivos do setor, o índice que sintetiza as respostas teve uma leitura de 51,6 pontos em setembro, ante 50,6 em agosto. Economistas do setor financeiro projetavam um patamar igual ao de agosto.
No front doméstico, o boletim Focus, do Banco Central, revelou que boa parte dos economistas do setor financeiro elevou suas projeções para o dólar: a taxa de câmbio prevista para dezembro aumentou de R$ 1,68 para R$ 1,73. Já a estimativa do IPCA para este ano ficou inalterada em 6,52%. Para 2012, o percentual subiu de 5,52% na semana passada para 5,53% nesta semana.