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Economia

Aumento na produtividade na 2ª safra surpreende produtores de MS

Estava prevista quebra de 50% em função de problemas com o clima. Produtividade média saltou de 60 para 70 sacas por hectare.

G1 MS

17 de Outubro de 2011 - 15:00

Agricultores acreditam que a safrinha do milho foi uma das melhores já colhidas em Mato Grosso do Sul. Quem conseguiu plantar o milho cedo, salvou a lavoura e ainda aumentou a produtividade. A média pulou de 60 para 70 sacas por hectare. A previsão era de quebra de 50%.

Enquanto uma equipe trabalha no campo no cultivo da soja, que segue em ritmo acelerado, uma fileira de caminhões se forma para embarcar o milho. Entretanto, a colheita desse ano foi cheia de desafios. As chuvas que prejudicaram a soja nos meses de fevereiro e março, também comprometeram os planos para o milho. Em algumas propriedades o plantio atrasou 20 dias.

“Esta foi a grande surpresa, nós tínhamos uma expectativa de colher 40 a 45 sacos, e a nossa surpresa foi que a produtividade gira em torno de 60 a 70 sacos”, disse o produtor Antônio Schneid.

O gerente de uma cooperativa agrícola Agnaldo Sato afirma que há duas semanas tem embarcado o grão sem parar para os estados do Paraná, São Paulo e Santa Catarina. Silos lotados, galpões ainda abarrotados e o serviço vai longe, diz o gerente da unidade,

“Até o final do ano nós estamos embarcando milho, já pensando na safra de soja do próximo ano”, disse.

O produtor Edvaldo José da Silva planta 500 hectares do grão. Mesmo com chuva, arriscou começar o plantio no dia 20 de fevereiro. Meses depois, ele colhia nada menos que 89 sacas por hectare.

“Em 11 anos, a maior produtividade desde que eu planto, foi esse ano”, disse Silva.

O preço do milho também foi um ponto positivo nessa safrinha, que passou dos R$ 20 a saca. Técnicos da Fundação MS, entidade de assistência técnica e pesquisa, temiam um desastre agrícola por causa do clima, se surpreenderam e agora apostam até mesmo no aumento de área. O preço cobriu os custos da produção que ficou em R$ 900 por hectare. Ronei Pedroso, pesquisador da fundação, acredita até mesmo na melhoria do preço da saca, mas alerta os produtores.

“O produtor além dele pensar nos custos, ele tem que envolver outros aspectos como o nível de tecnologia, o plantio dentro de uma época recomendada, assistência técnica junto com ele, para acertar o momento do plantio, fazer controle de pragas e doenças para obter uma boa produtividade”, disse Pedroso.