Economia
Cesta básica fica mais cara em 15 de 17 capitais brasileiras
Agência Brasil
05 de Dezembro de 2011 - 14:53
O valor dos itens essenciais na mesa do brasileiro subiu no mês de novembro, em relação a outubro, em 15 das 17 capitais onde o Dieeses (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) faz a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. A maior elevação ocorreu em Vitória (4,73%), seguida de Fortaleza (3,91%) e do Rio de Janeiro (3,86%). Já em Aracaju, a cesta ficou 0,49% mais barata do que em outubro e passou a custar R$ 181,79, o menor valor do país. Em Salvador, o preço foi R$ 205,11, indicando estabilidade.
A capital gaúcha, Porto Alegre, continua sendo a localidade com a cesta mais cara do país (R$ 279,64), com alta de 0,83%. Em São Paulo, onde foi constatado o segundo maior valor (R$ 276,31), ocorreu reajuste de 3,5%. Em terceiro lugar, aparece Florianópolis, com um aumento de 2,9% e valor de R$ 268,57.
Pelos cálculos do Dieese, para suprir as necessidades básicas, em novembro, o trabalhador deveria ter tido um salário mínimo de R$ 2.349,26 ou mais de quatro vezes o valor em vigor, que é R$ 545. Em outubro, o valor foi estimado em R$ 2.329,94.
No acumulado do ano, o valor da cesta subiu em 15 capitais e, nos últimos 12 meses em 14. No período de dezembro de 2010 a novembro deste ano, os índices de aumento atingiram dois dígitos em Florianópolis (12,38%) e Porto Alegre (11,95%).
O tomate e a carne bovina foram os produtos que mais influenciaram a elevação de preço na passagem de outubro para novembro. Eles ficaram mais caros em 15 capitais. No caso da carne, o Dieese prevê a possibilidade de uma baixa, porque tem ocorrido redução das exportações em decorrência da crise econômica na Europa. Além disso, o regime mais regular de chuva favorece o ganho de peso do gado.
O arroz, em plena entressafra, e o café também ajudaram a encarecer a cesta em 14 capitais. Em relação ao café, a equipe técnica da entidade justificou que a a estiagem de meados do ano prejudicou as floradas que ocorreram com atraso, após a volta das chuvas.
Outro produto em alta foi o pão, mais caro em dez localidades e com maior correção em Recife (4,35%). No entanto, o Dieese prevê redução dos preços nos próximos meses, já que foi prorrogado o estímulo fiscal com alíquotas zero do PIS/Cofins sobre esse produto até 31 de dezembro de 2012.
O óleo de soja também passou a custar mais em dez capitais, em decorrência da quebra de safra por causa do clima seco e da pressão no mercado internacional, provocada pelo consumo em alta da Índia e da China.
Segundo o Dieese, houve queda de preços do leite em 11 capitais; do feijão, em dez; e da batata, em nove.
Na capital paulista, o valor da cesta já subiu neste ano 4,21% e, no acumulado de 12 meses, 4,42%. De outubro para novembro, destacam-se as elevações dos preços do tomate (17,11%), da batata (9,58%), da manteiga (3,02%), da carne bovina (2,82%), do café em pó (2,15%) e do pão francês (2%).