Economia
Desaceleração da economia é passageira
O ministro destacou que as medidas anunciadas na semana passada, como os estímulos ao consumo, indicam que o governo voltou a reativar a economi
Agência Brasil
06 de Dezembro de 2011 - 14:15
A desaceleração da economia no terceiro trimestre é passageira e no quarto trimestre a situação será outra, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao comentar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) anunciado hoje (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo os dados, a economia não apresentou crescimento no terceiro trimestre deste ano, em relação ao trimestre anterior.
A economia no quarto trimestre já estará acelerando porque uma parte das medidas que tomamos [para equilibrar a economia doméstica em um cenário de crise internacional] já está sendo revertida. Estamos reativando a economia. Principalmente, as medidas monetárias. As taxas de juros caíram pelo terceiro mês consecutivo e reduzimos o Imposto sobre Operações Financeiras [IOF] para o crédito, disse.
O ministro destacou que as medidas anunciadas na semana passada, como os estímulos ao consumo, indicam que o governo voltou a reativar a economia depois de ter provocado a redução do crescimento. Para ele, a economia chegou a um patamar desejável e com a inflação sob controle.
Mantega destacou ainda que a desaceleração da economia ocorrida no terceiro trimestre se deve à crise internacional, que trouxe prejuízos principalmente ao setor industrial, e ao conjunto de medidas adotadas pelo governo brasileiro a partir do ano passado para enfrentar as turbulências econômicas.
Segundo ele, com os problemas externos, a indústria nacional foi obrigada a disputar de forma mais acirrada os mercados concorrentes. Já o governo precisou adotar medidas para equilibrar a economia, que vinha crescendo acima da expectativa. Por isso, houve a redução do consumo, com o encarecimento do crédito e uma certa demora na redução nas taxas de juros, destacou Mantega. Além dessas medidas, o governo fez um ajuste nos gastos públicos com cortes de R$ 50 bilhões no Orçamento.
O ministro lembrou que essas medidas só têm reflexos meses depois de adotadas. Principalmente, as taxas de juros, que tiveram reflexos no terceiro trimestre. Mas houve uma combinação de fatores. Quero ressaltar que a desaceleração não afetou o emprego e a massa salarial, acrescentou.