Economia
Dólar abre 2022 em alta, negociado acima de R$ 5,60
Moeda norte-americana terminou o ano de 2021 com alta de 7,47%, cotada a R$ 5,5748.
G1
03 de Janeiro de 2022 - 09:50
O dólar opera em alta nesta segunda-feira (3), primeiro pregão do ano, com os investidores monitorando o avanço da variante Ômicron, enquanto no Brasil estava no radar de investidores a notícia de que o presidente Jair Bolsonaro está internado com quadro de obstrução intestinal. Às 11h23, a moeda norte-americana subia 0,84%, vendida a R$ 5,6218. Veja mais cotações.
O dólar encerrou o ano de 2021 com alta de 7,47% contra o real, cotado a R$ 5,5748. Já o dólar turismo terminou o ano a R$ 5,7817.
Contexto
Analistas do mercado financeiro voltaram a reduzir a estimativa de alta do Produto Interno Bruto (PIB) para o ano de 2022. A projeção para o crescimento da economia no ano passou de 0,42% para 0,36%, segundo boletim Focus divulgado nesta segunda-feira pelo banco Central.
Já a estimativa para a inflação em 2022 segue em 5,03%, acima do teto do sistema de metas para o ano. A expectativa para a taxa básica de juros da economia, a Selic, para o fim de 2022 também foi mantida em 11,50% ao ano.
A projeção do mercado para a taxa de câmbio em 2022 segue em R$ 5,60 por dólar.
A conjuntura fiscal brasileira --tema que deve dominar a atenção de investidores em 2022, dividindo os holofotes com a corrida eleitoral à Presidência-- também estava no radar nesta segunda-feira.
Apesar da melhora em dados fiscais recentes, com o setor público consolidado brasileiro registrando superávit primário maior do que o esperado em novembro, "a maior fragilidade nesse fronte diz respeito às pressões por mais gastos permanentes, o que, em ano eleitoral, tende a ser intensificado", disse em nota matinal Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos.
No exterior, os mercados seguem acompanhando o noticiário sobre o avanço da variante ômicron do novo coronavírus e a volta da imposição de restrições em diversos países.
Embora os casos mundiais de Covid-19 estejam aumentando rapidamente --com alguns países registrando recordes diários de novas infecções--, as mortes pela doença não têm avançado na mesma proporção, o que traz esperança de que a nova variante seja menos letal.