Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Sexta, 15 de Novembro de 2024

Economia

Dólar atinge R$ 1,78 no fechamento; Bovespa recua 1,63%

Maracaju Speed

21 de Outubro de 2011 - 07:53

Os preços da moeda americana voltaram a oscilar na faixa de R$ 1,80 na rodada de negócios desta quinta-feira. Preocupações com a crise da zona do euro pressionaram novamente as cotações, num forte repique após uma sequência de nove dias de baixa ao longo deste mês.

Referência para as operações de comércio exterior, o dólar comercial oscilou entre as taxas de R$ 1,810 e R$ 1,763, para alcançar R$ 1,789, tendo um forte aumento de 0,78% em cima do número final de ontem.

Para turistas, o dólar foi vendido por R$ 1,900 (alta de 1,06%) e comprado por R$ 1,720 nas casas de câmbio paulistas.

Ainda operando, a Bovespa retrocede 1,63%, aos 54.068 pontos (pelo índice Ibovespa). O giro financeiro é de R$ 4 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe 0,43%.

Os participantes dos mercados financeiros acompanham com atenção os próximos desdobramentos da novela europeia, principalmente a tensão entre as duas maiores economias da zona do euro: França e Alemanha.

Houve uma onda de relativo otimismo quando as lideranças desses dois países acenaram com um suposto consenso para enfrentar a crise da dívidas soberanas e preservar o euro.

À medida em que os mercados começaram a perceber mais e mais "fissuras" nesse consenso, com a resistência das autoridades alemãs em cacifar um fundo de estabilidade financeira na casa dos trilhões de euros, esse bom humor começou a erodir.

Hoje, em meio a uma fornada de indicadores bastante negativos com origem nos EUA e na Europa, um comunicado conjunto do presidente Nicolas Sarkozy (França) e da chanceler Angela Merkel (Alemanha) avisou que mais conversações serão necessárias para alcançar um acordo.

E o prazo do dia 23 (para anunciar novas medidas de combate à crise) já foi postergado para a próxima quarta-feira.

"O que o mercado percebe é que, quando mais passa o tempo, mais problemático fica para resolver [os problemas do continente]", comenta Carlos Abdalla, diretor de câmbio da corretora Renova.

JUROS FUTUROS.

O Banco Central não surpreendeu ontem à noite e ajustou a taxa básica de juros do país de 12% ao ano para 11,50% como esperado pelos mercados financeiros, com efeitos restritos sobre os negócios realizados hoje.

Mas no segmento de juros futuros da BM&F, as taxas projetadas subiram. Para janeiro de 2012, a taxa prevista avançou de 11,11% ao ano para 11,14%. Para janeiro de 2013, o juro previsto aumentaram de 10,44% para 10,50%. Esses números são preliminares e ainda estão sujeitos a ajustes.