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Economia

Dólar fecha em alta nesta segunda e inicia novembro cotado a R$ 5,67

Nesta segunda-feira (1), a moeda dos EUA avançou 0,40%, a R$ 5,67.

G1

01 de Novembro de 2021 - 16:40

Dólar fecha em alta nesta segunda e inicia novembro cotado a R$ 5,67
Notas de dólar — Foto: Gary Cameron/Reuters

O dólar fechou em alta de 0,40%, cotado R$ 5,67, nesta segunda-feira (1), véspera de feriado nacional, com as atenções voltadas para o quadro fiscal brasileiro. Com o resultado, o avanço no acumulado do ano passou a ser de 9,31%. Veja mais cotações. Já o Ibovespa subiu 1,98%, a 105.551 pontos.

Mercado passa a ver Selic acima de 10% em 2022

O mercado financeiro elevou novamente sua estimativa para inflação oficial e para a taxa básica de juros, segundo boletim Focus do Banco Central, divulgado nesta segunda (1).

Para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a expectativa para este ano subiu de 8,96% para 9,17%. Para 2022, a previsão subiu de 4,40% para 4,55%. O mercado também elevou de 8,75% para 9,25% ao ano a previsão para a Selic no fim de 2021. E, para o fim de 2022, a projeção passou de 9,5% para 10,25% ao ano.

Para a alta do PIB (produto Interno Bruto) deste ano, a expectativa foi revisada de 4,97% para 4,94%. Para 2022, o mercado baixou a previsão de crescimento da economia de 1,40% para 1,20%. Já a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2021 subiu de R$ 5,45 para R$ 5,50. Para o fim de 2022, avançou também de R$ 5,45 para R$ 5,50 por dólar.

Auxílio Brasil e PEC dos Precatórios

No cenário doméstico, as atenções seguiram voltadas para as preocupações com a inflação e com a trajetória das contas públicas, após o governo ter proposto uma flexibilização do teto de gastos para financiar o Auxílio Brasil, o substituto do Bolsa Família.

No domingo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, evitou falar sobre um plano B para financiar o novo programa social, e disse que a aprovação da PEC dos Precatórios no Congresso é o "plano A" do governo.

A votação da PEC dos precatórios na Câmara, marcada para a última quinta-feira, foi adiada pela terceira vez consecutiva. O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), prevê que a votação na Casa aconteça nesta semana. A medida é crucial para o governo federal conseguir abrir espaço no Orçamento e, assim, materializar o programa Auxílio Brasil a um valor de R$ 400 -- mais do que o dobro pago pelo Bolsa Família.

No cenário externo, o foco dos mercados esteve voltado para decisões de política monetária por parte de alguns importantes bancos centrais.

"O evento mais importante desta semana é a reunião do Comitê de Mercado Aberto do Fed (FOMC), que decide os rumos da política monetária no país (EUA), na quarta-feira", disse a XP em comentário matinal.

"Espera-se que o FOMC entregue o roteiro de redução dos estímulos monetários, que provavelmente deve ocorrer a partir de dezembro. O FOMC pode sinalizar ainda quando pode começar a aumentar as taxas de juros", completou.