Economia
Estiagem já compromete safrinha de milho que pode ter queda de 15% na produtividade
O cenário pode mudar caso até a colheita, chova pelo menos três vezes numa maior intensidade.
Flávio Paes/RN
25 de Abril de 2021 - 19:49
Tem chovido pouco em Sidrolândia e os produtores estão preocupados com a produtividade do milho safrinha que só começa a ser colhido em agosto. Há 10 dias em algumas regiões de Sidrolândia choveu 29 milímetros, volume insuficiente para garantir o pleno desenvolvimento da cultura que caminhava para uma super safra diante do incremento superior a 20 mil hectares de área plantada (de 180 para 200 mil hectares). Na avaliação do presidente do Sindicato Rural, Paulo Stefanello, quem plantou mais cedo, certamente, terá uma perda de 20% na produtividade. Segundo o pequeno produtor Claiton Straube, da região do Capão Seco, por causa da seca, o milho já está enroscando as folhas e ele acredita na perda de 15 sacas por hectare. O cenário muda caso até a colheita, chova pelo menos três vezes numa maior intensidade. Ano passado, ele colheu 113 sacas por hectare, mas com os investimentos feitos em adubação e correção do solo, tinha expectativa de chegar a 140 sacas.
Ano passado, quando houve o cultivo de 180 mil hectares e a colheita de 989 mil toneladas do grão, a produtividade ficou em 91,4 sacas por hectare, um pouco abaixo da obtida em 2019, 96,8/hectare, com a obtenção de 1 milhão de toneladas em 192,2 mil hectares. A projeção de área plantada para o milho 2ª safra 2020/2021 de Mato Grosso do Sul é de 2,003 milhões de hectares, com aumento de 5,7% quando comparada com a área da safra 2019/2020, que foi 1,895 milhão de hectares. A produtividade estimada é de 75 sc/ha considerando as adversidades