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Economia

Exportações de carne suína caem em volume e receita

No acumulado do ano, comparado com o mesmo período do ano passado, houve um aumento da receita de 5,89%, apesar da retração no volume de 5,82%.

15 de Abril de 2011 - 16:43

As exportações brasileiras de carne suína, em março, caíram 11,60% em relação ao mesmo mês de 2010, passando de 50.111 toneladas para 44.299 t.

Em valor, a queda foi de 1,70%: de US$ 119,50 milhões, em março de 2010, para US$ 117,47 milhões, em março deste ano.

No acumulado do ano, comparado com o mesmo período do ano passado, houve um aumento da receita de 5,89%, apesar da retração no volume de 5,82%.

As exportações de janeiro a março de 2010 totalizaram 125.466 toneladas e geraram US$ 293,77milhões, em relação a 118.169 toneladas e US$ 311,07 milhões neste ano.

“O Brasil tem perdido exportações por causa da valorização do real. A carne suína do Brasil, assim como muitos outros produtos, ficou mais cara que o produto dos concorrentes.

Felizmente, o mercado interno continua aquecido, evitando a formação de estoques”, afirma Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs).

Os principais destinos da carne suína brasileira, de janeiro a março deste ano, foram: Rússia, Hong Kong, Argentina, Angola, Cingapura e Ucrânia.

De abril de 2010 a março de 2011, o Brasil exportou 533.119 t e obteve uma receita de US$ 1,36 bilhão.

Argentina - Após embarques maiores de carne suína, em janeiro e fevereiro, para a Argentina, em março houve uma redução das vendas para o país vizinho, em relação a igual período do ano passado.

Em março de 2010, o Brasil exportou 3.820 toneladas de carne suína para a Argentina, em comparação com 3.291 t em março de 2011, uma redução de 13,85%.

Também houve queda de 16,95% na receita: de US$ 11,24 milhões, em março de 2010, em relação a US$ 9,34 milhões, em março deste ano.

Entretanto, no acumulado do ano, os embarques para a Argentina representam um aumento de 19,33% (passaram de 8.444 toneladas, nos três primeiros meses de 2010, para 10.076 t no primeiro trimestre de 2011).

E a receita cresceu 24,10%, passando de US$ 23,74milhões para US$ 29,46 milhões, no período.

Levantamento feito pela Abipecs revela que a participação do Brasil nas importações argentinas de carne suína diminuiu de 2009 para 2010, passando de 79% para 71%, enquanto a participação chilena aumentou de 11% para 18%, no período.

A constatação é que a Argentina, em 2010, ampliou suas importações de carne suína como um todo, mas nem o Brasil nem o Chile devem ser penalizados por isso.

A Federação Agrária Argentina defende cotas para a carne suína brasileira entrar no país vizinho.

Apesar dos volumes embarcados maiores, houve aumento dos preços médios pagos na Argentina.

“Assim, entendemos que as importações foram realizadas para suprir uma necessidade daquele mercado e não por oferta brasileira ou chilena de produtos com baixo custo.

Os preços recebidos pelos suinocultores argentinos foram mais altos em 2011 do que no mesmo período de 2010.

Não existe, portanto, base para a reclamação”, acrescenta o presidente da Abipecs.(www.portaldoagronegocio.com.br)