Economia
Exportações de industrializados em janeiro crescem 80%, revela Radar da Fiems
No período, o grupo Papel e celulose aumentou sua receita em quase sete vezes, saltando de US$ 5,14 milhões para US$ 34 milhões
Daniel Pedra
21 de Fevereiro de 2011 - 08:53
As exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul no mês de janeiro deste ano apresentaram crescimento de 80% com relação ao mesmo período do ano passado, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Enquanto no mês passado a receita com as vendas ao exterior alcançou US$ 150,3 milhões, no mesmo período do ano passado o montante chegou a R$ 83,6 milhões.
Segundo o presidente da Fiems, Sérgio Longen, o considerável índice de aumento da receita obtida com as vendas ao exterior demonstra que o setor continua no pique do ano passado, quando as exportações de industrializados fecharam com receita acima de US$ 2,1 bilhões. Devemos nos manter neste patamar neste ano, ou seja, fechar 2011 também na casa de US$ 2 bilhões, previu, condicionando o bom desempenho ao câmbio, à economia mundial e à crise de países considerados estratégicos.
Ainda de acordo com o Radar da Fiems, igualmente aos meses anteriores, janeiro de 2011 manteve o mesmo comportamento e também se consolidou como o melhor resultado já obtido para o mês em toda a série histórica da exportação de industrializados em Mato Grosso do Sul. Com o último resultado, até o momento, são 15 quebras consecutivas de recorde no comparativo com igual mês ao longo da série.
Quanto à participação relativa, no mês de janeiro as vendas externas de industrializados atingiram a marca de 88,3% de tudo o que foi exportado pelo Estado, enquanto na comparação com o resultado do mês de dezembro de 2010, a participação relativa dos industrializados foi 0,8 ponto percentual maior. Adicionalmente, vale ressaltar que em janeiro de 2011 a receita obtida com a exportação de industrializados, equivalente a US$ 150,3 milhões, supera em 64,6% a receita total de igual mês do ano anterior, quando as vendas externas, incluindo todas as categorias de produtos, alcançou US$ 91,3 milhões.
Principais grupos
Em janeiro, os principais grupos de industrializados que apresentaram crescimento nas exportações foram Carnes e subprodutos, Papel e celulose, Açúcar e álcool, Couros e peles, Siderurgia, Óleos de vegetais bruto e refinado e Máquinas e equipamentos, aparelhos elétricos, eletrônicos e de informática. No caso do grupo do complexo carne, a receita de exportação somou US$ 57,8 milhões com a venda de US$ 24,2 milhões em carnes desossadas e congeladas de bovinos e US$ 17,9 milhões em pedaços e miudezas comestíveis congeladas de galos e galinhas para Irã, Japão, Arábia Saudita e Hong Kong.
Já o grupo de Papel e celulose teve como receita de exportação US$ 33,9 milhões com a comercialização de US$ 32 milhões em celulose e US$ 1,5 milhão em Papel fibra 150 g/m² para a Holanda, China e Itália. O grupo Açúcar e Álcool obteve receita de exportação de US$ 31,8 milhões com a venda de US$ 31,2 milhões em açúcar de cana e US$ 524 mil em outros açúcares para Rússia, Lituânia e Nova Zelândia.
O grupo Couros e Peles obteve receita de exportação de US$ 5,7 milhões com a venda de US$ 3,1 milhões em couros bovinos e bubalinos divididos e úmidos e de US$ 1,5 milhão em outros couros bovinos e bubalinos úmidos para a China, Itália e Hong Kong. O grupo Siderurgia obteve receita de exportação no valor de US$ 3,6 milhões com a venda de US$ 3,02 milhões em ferro fundido bruto e US$ 105,3 mil em outras construções de ferro fundido ou aço e suas partes para Estados Unidos, Bolívia e Suíça.
No caso do grupo Óleos de vegetais bruto e refinado, a receita de exportação alcançou valor de US$ 1,2 milhão com a venda de US$ 602,1 mil em óleo de soja bruto e US$ 581,7 mil em óleo de soja, refinado, em recipientes com capacidade menor ou igual a 5 litros para o Egito e Bolívia. O grupo Máquinas e equipamentos somou US$ 850 mil com a venda de US$ 548,8 mil em congeladores, de US$ 93,4 mil em aquecedores elétricos de água para uso doméstico e US$ 56,2 mil em outros refrigeradores, vitrines ou balcões para produtos frios para a Bolívia e Paraguai.