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ECONOMIA

Exportações de industrializados já passam de US$ 2 bilhões no Estado

O montante é reflexo da melhoria nas vendas dos grupos “Couros e Peles”, “Complexo Carne”, “Óleos Vegetais”, “Fiação, Têxtil, Confecção e Vestuário” e “Papel e Celulose

Daniel Pedra

29 de Outubro de 2012 - 08:00

De janeiro a setembro deste ano, as exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul alcançaram uma receita superior a US$ 2,16 bilhões, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Na avaliação do presidente da Fiems, Sérgio Longen, a receita alcançada em nove meses confirma a previsão de que o setor deve registrar neste ano o mesmo patamar alcançado no ano passado, quando as indústrias exportaram US$ 2,87 bilhões.

Para se ter ideia, com uma receita equivalente a US$ 249,8 milhões, setembro de 2012 registra o 2º melhor resultado já alcançado para o mês em toda a série histórica da exportação de industrializados de Mato Grosso do Sul, ficando atrás somente de setembro de 2011 com US$ 366 milhões, sendo este, também, o mês com a maior receita de exportação em toda a série histórica. Por fim, quando comparado com os resultados de igual mês, ao longo da série, vale ressaltar que de janeiro de 2009 até agora foram registradas 32 quebras de recorde nas receitas de exportação.

Quanto à participação relativa, no mês, as vendas externas de industrializados atingiram a marca de 65,9% de tudo o que foi exportado por Mato Grosso do Sul, enquanto no acumulado do ano, na mesma comparação, a participação é de 70,7%. Além disso, no mês de setembro, a exportação de industrializados alcançou o equivalente a 613,2 mil de toneladas, sendo que no acumulado do ano o volume total alcança 6,24 milhões de toneladas.

Principais grupos

Nos nove primeiros meses do ano, os grupos de industrializados que apresentaram crescimento nas exportações são “Couros e Peles” (20,9%), “Complexo Carne” (14,6%), “Óleos Vegetais Bruto e Refinado” (14,3%), “Fiação, Têxtil, Confecção e Vestuário” (7,7%) e “Papel e Celulose” (4,7%). No caso do grupo “Couros e Peles”, que inclui couros bovinos e bubalinos não divididos e úmidos, couros bovinos e bubalinos divididos e úmidos e couros bovinos inteiros e preparados, a receita de exportação ficou em US$ 76,8 milhões, tendo como principais compradores a Itália, China e Hong Kong.

Já o grupo “Complexo Carne”, que inclui carnes desossadas e congeladas de bovinos, carnes desossadas frescas ou refrigeradas de bovinos, bexigas e estômagos de animais, exceto peixes, frango em carcaça e tripas de bovinos, obteve receita de US$ 648,85 milhões, tendo como principais compradores a Rússia, Hong Kong, Arábia Saudita, Japão, Irã, China e Chile. Quanto ao grupo “Óleos Vegetais”, que é formado por bagaços e outros resíduos sólidos da extração de óleo de soja, óleo de soja bruto, mesmo degomado, e farinhas e “pellets” de soja, a receita de exportação gerada de janeiro a setembro de 2012 ficou em US$ 258,7 milhões, tendo como principais compradores a China, Tailândia, Vietnã, Índia e Holanda.

O grupo “Fiação, Têxtil, Confecção e Vestuário” obteve receita de US$ 3,57 milhões, tendo como principais compradores a Argentina, Bolívia, Paraguai, Uruguai, Japão e México. Por último, o grupo “Papel e Celulose”, que inclui também embalagens de papel ou papelão e demais artefatos de papel, alcançou receita de US$ 347 milhões, tendo como principais compradores a China, Holanda, Itália, Reino Unido, Espanha, Coréia do Sul e Turquia.