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Economia

Itália vai provar a carne orgânica produzida no Pantanal de Mato Grosso do Sul

A ação faz parte de um conjunto de atividades voltadas para a divulgação da economia de Mato Grosso do Sul

Notícias MS

22 de Março de 2011 - 14:45

Com apoio do governo de Mato Grosso do Sul, a Associação Brasileira de Produtores Orgânicos (ABPO) – ABPO Pantanal Orgânico – em parceria com o WWF realiza na próxima quinta-feira (24) uma apresentação da carne orgânica do Pantanal a um público especializado dos setores de alimentos e varejo na cidade de Mosciano Sant'Angelo, região de Abruzzo, na Itália.

A ação faz parte de um conjunto de atividades voltadas para a divulgação da economia de Mato Grosso do Sul. Em 2010 um grupo de representantes italianos visitou as fazendas associadas à ABPO e conheceu in loco o sistema produtivo da carne orgânica do Pantanal, analisando seus aspectos técnicos e sanitários. Uma remessa da carne orgânica do Pantanal foi levada para a Itália para passar por testes específicos de qualidade e sanidade, sendo então aprovada.

“Essa ação é resultado das estratégias de divulgação do governo do Estado no exterior,  através das viagens do governador e da secretária Tereza Cristina Correa da Costa, que têm se esforçado no sentido de dar visibilidade ao nosso Estado no exterior, através de alianças comerciais. Esse evento será uma grande degustação da nossa carne orgânica do Pantanal em uma região da Itália que também tem a pecuária como tradição”, explica o presidente da ABPO, Leonardo Leite de Barros.

Em fevereiro, ele e o coordenador do Programa Pantanal para Sempre do WWF Brasil, Michael Becker, estiveram na feira mundial de produtos orgânicos de Nuremberg, na Alemanha, onde explanaram para um público especializado sobre as qualidades da carne orgânica do Pantanal. Realizada anualmente, em fevereiro, a Biofach Alemanha é considerada a maior feira de orgânicos do mundo e se caracteriza como um evento de negócios, no qual não é permitida venda direta de produtos.

“Todo ano participamos desse evento que é um dos mais expressivos do mundo, e neste ano inovamos, fazendo uma apresentação institucional da parceria entre o WWF e a ABPO para 80 convidados, destacando a convivência harmoniosa da atividade econômica com o meio ambiente, com destaque para a cultura pantaneira. Estiveram presentes empresários interessados em comprar nossa carne orgânica do Pantanal,  bem como a comunidade ambientalista. Foi um sucesso!”, conta Leonardo.

“Após Nuremberg, fomos à Itália para encontrar pessoas que contatadas pelo governo do Estado de Mato Grosso do Sul, que tinham visitado nossas propriedades no Pantanal em 2010. Lá, depois de contatos com empresários locais, resolvemos oferecer uma degustação em um famoso restaurante da região, tendo como responsável pelo cardápio um chef local. O evento contará com a presença de empresários e autoridades da região. É um grande passo que estamos dando, graças a um esforço conjunto de todos os parceiros no sentido de viabilizar as exportações. É nossa carne do Pantanal entrando na Europa”, finaliza Leonardo.

A Associação Brasileira de Produtores Orgânicos (ABPO) foi criada em 2001 por pecuaristas da região do Pantanal que identificaram a Pecuária Orgânica Certificada como uma atividade econômica promissora do ponto de vista econômico, ambiental e social. Essa alternativa produtiva agrega valor à carne do Pantanal através da melhoria da rentabilidade do negócio pecuário, associado a baixos impactos socioambientais, garantindo a manutenção do meio ambiente, da biodiversidade, a preservação e sustentação da cultura do homem pantaneiro e de sua família.

Atualmente, a entidade está buscando novos associados de outros segmentos, como por exemplo pequenos produtores e assentados do município de Rio Negro (MS) que produzem maracujá orgânico, com o objetivo de fortalecer a cadeia produtiva e fomentar a produção de orgânicos no Estado.

A associação envolve 20 fazendas localizadas nas sub-regiões da Nhecolândia e Nabileque no Pantanal sul-mato-grossense, totalizando mais de 110 mil hectares, com um rebanho estimado em 55 mil cabeças de gado. A ABPO, por desenvolver atividade inédita na qual preza pela conservação do Pantanal, espera ainda apoio do governo estadual no sentido de viabilizar incentivos fiscais, como ocorre em outras áreas e atividades inovadoras.