Economia
MS tem crescimento populacional acima da média nacional, com agronegócio impulsionando interior
Portal do MS
28 de Agosto de 2021 - 08:30
A população de Mato Grosso do Sul tem crescido com taxas acima da média nacional nos últimos 10 anos e as atividades ligadas ao agronegócio, como a expansão da agricultura e a verticalização da produção, têm impulsionado esse crescimento, em especial no interior do Estado.
Conforme levantamento feito pela Coordenadoria de Estatística da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), com base na estimativa de população residente divulgada nesta sexta-feira (27) pelo IBGE, em 1º de julho de 2021, a população de Mato Grosso do Sul chegou a 2,84 milhões de habitantes estimada para 2021, com um crescimento de 1,06% em relação a estimativa 2020 – no Brasil, a população estimada chegou a 213,3 milhões de habitantes.
“O Estado vem mostrando uma tendência de a partir de 2013 crescer a taxas maiores do que a média nacional, fruto de um processo de imigrações onde acumula um crescimento de 2011 a 2021 de 14,6% da população estimada enquanto no Brasil, sendo esses valores para o mesmo período, chegando a 10,88%. É o chamado bônus demográfico, que contribui para o crescimento econômico com mais população e mais demandas de produtos e serviços, aumentando o mercado interno regional”, destaca o documento elaborado pela Semagro.
“Há pelo menos 10 anos, Mato Grosso do Sul vem apresentando taxa de crescimento da população superior à média nacional. O Estado tem hoje 2,840 milhões de habitantes e Campo Grande, 916 mil habitantes. Essa é uma questão importante, pois mostra a dimensão da Capital em relação ao total da população sul-mato-grossense e, em termos de políticas públicas, é um dado importante para o Governo, pois toda vez que a população cresce, nós também temos mais demandas ao setor público, são demandas de novas habitações, novas estruturas de asfalto e de desenvolvimento”, comenta o secretário Jaime Verruck, da Semagro.
O impacto das atividades econômicas no crescimento da população nos municípios do interior do Estado também é destacado no levantamento da Semagro. “Em termos municipais, esses valores se deram de forma diferenciada, gerando algumas polarizações, ou seja, em um subperíodo maior 2011 a 2021, os que mais cresceram foram os mesmos que tiveram maiores taxas para o subperíodo 2020 a 2021, principalmente em regiões onde as oportunidades econômicas se tornaram mais dinâmicas, atraindo pessoas para trabalhar nesses municípios".
Os 10 municípios com as maiores taxas de crescimento populacional, segundo a estimativa anual do IBGE, foram Sidrolândia, Chapadão do Sul, Nova Alvorada do Sul, Sonora, Terenos, Maracaju, Rio Brilhante, Corguinho, Paraíso das Águas, São Gabriel do Oeste.
“Sidrolândia é o município que mais cresceu nos últimos anos, com 2,67% de 2020 para 2021 e 39,55% no acumulado de 2011 a 2021. Interessante destacar que esses municípios com as maiores taxas de crescimento têm experimentado uma expansão da agricultura muito forte, uma verticalização da produção muito forte, contribuindo para a média de crescimento populacional sul-mato-grossense”, acrescenta o titular da Semagro.
No grupo de cidades com estimativa de redução populacional na comparação 2020 e 2021, sete deles (Inocência, Bodoquena, Nioaque, Pedro Gomes, Guia Lopes da Laguna, Rio Negro e Novo Horizonte do Sul) têm registrado decréscimo desde 2011. Dentre estes, a maior taxa de recuo é verificada em Novo Horizonte do Sul. Em 2011, o município tinha 4.827 habitantes; em 2020, a população estimada era de 3.684 pessoas e, em 2021, 3.556 habitantes.
“Preocupa-nos alguns municípios menores que tiveram um decréscimo da população, em especial Novo Horizonte do Sul. Os outros municípios têm algum recuo, mas muito pequeno, que pode ser colocado como uma certa estabilidade. Na média, Mato Grosso do Sul está bem. A população cresce e obviamente crescendo a população, gera demandas principalmente em saúde e educação, áreas nas quais o Governo do Estado têm priorizado o trabalho”, finaliza Jaime Verruck.