Economia
Petrobras ja admite aumento do preço da gasolina
Segundo Gabrielli, o mais preocupante para o Brasil não é o preço da gasolina: "O que vai acontecer com o preço do álcool é mais relevante agora
Dourados News
12 de Abril de 2011 - 09:09
"Se o preço do petróleo ficar nesse nível que está hoje, estável nesse nível, você vai ter de alterar [o preço da gasolina], porque nós estávamos trabalhando com US$ 65 a US$ 85 [o barril]", disse Gabrielli, que integra a comitiva da presidente Dilma Rousseff.
"Que o preço vai ficar alto, parece que sim. O problema é o grau de variação que esse preço está tendo em torno de determinado patamar. Enquanto estiver variando muito, não tem como tomar decisão."
Gabrielli comparou o processo de decisão ao aumento do preço num restaurante. "O preço no menu do restaurante não aumenta porque o preço da carne subiu no dia. Leva um tempo pra mudar o preço da carne no prato", comparou.
Ontem, o preço do barril de petróleo Brent fechou em US$ 124,54, queda de 1,7%.
Segundo Gabrielli, o mais preocupante para o Brasil não é o preço da gasolina: "O que vai acontecer com o preço do álcool é mais relevante agora. O que vai acontecer com o preço do álcool é o que de fato afeta o mercado brasileiro."
Na China, a Petrobras firmou dois acordos hoje: cooperação tecnológica com a estatal Sinopec para "troca de conhecimento nas áreas de geofísica, geologia e engenharia de reservatórios de petróleo" e um memorando de entendimento com outra estatal, a Sinochem, para "oportunidades de produção e exploração" e "recuperação de campos maduros terrestres", área em que a empresa chinesa tem maior experiência, segundo Gabrielli.
A Petrobras e a Sinopec concordaram recentemente em fazer investimentos exploratórios em dois blocos de águas profundas, Pará-Maranhão 3 e 8. O acordo precisa agora ser aprovado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Gabrielli diz que o acordo comercial da Petrobras com a China "já foi feito": "Exportamos até 160 mil barris por dia. Hoje, somos o 10º maior fornecedor da China."
Em 2009, a Petrobras assinou com o Banco de Desenvolvimento da China um empréstimo de US$ 10 bilhões. O pagamento será feito em 10 anos, por meio de petróleo.
A China é o segundo maior comprador de petróleo brasileiro, depois dos EUA.