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Economia

Petrobras já sinaliza possível alta da gasolina

O executivo ponderou, no entanto, que ainda não está clara a direção da commodity no mercado externo

Conjuntura Online

06 de Abril de 2011 - 17:29

O presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, disse hoje que, se os preços do petróleo no mercado internacional permanecerem no atual patamar, a estatal terá de reajustar os valores praticados no mercado interno.


"Caso se configure uma estabilização do petróleo no mercado internacional, nós vamos ter de alterar os preços do petróleo no Brasil e, consequentemente, os preços de derivados de derivados no Brasil", afirmou Gabrielli, após encontro com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, no Palácio dos Bandeirantes.
 
O executivo ponderou, no entanto, que ainda não está clara a direção da commodity no mercado externo.
 
"Não está muito claro se os preços serão estabelecidos neste patamar", disse.

Gabrielli comentou que o petróleo tipo "Brent", ontem cotado a US$ 120 o barril, há dois meses estava a US$ 100. "É uma variação muito grande", disse.
 
Ao mesmo tempo, ressaltou o executivo, a gasolina tipo A (sem adição de álcool) vendida na refinaria da Petrobras está com o mesmo preço desde maio de 2009.
 
"Não houve alteração alguma. O valor está em torno de R$ 1 o litro", garantiu.

Já a gasolina que chega ao consumidor --com adição de até 25% de álcool-- subiu, nos últimos meses, porque a comercialização envolve o distribuidor, o preço do álcool e impostos estaduais, disse Gabrielli.
 
Questionado sobre o tempo necessário para avaliar quanto tempo a Petrobras precisa para saber se irá reajustar o preço da gasolina ou não, Gabrielli disse que "tudo depende da volatilidade, nunca é possível responder a essa pergunta".
 
CONTRADIÇÃO

Na semana passada, o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, havia dito que a estatal não fará qualquer alteração no preço da gasolina devido à volatilidade do preço do barril de petróleo no mercado internacional.
 
"Não há perspectiva de mudança no preço da gasolina porque ainda não temos essa situação [do Oriente Médio] definida", disse o diretor ao sair do Fórum Econômico Brasileiro, organizado pela Bloomberg, em São Paulo, no dia 29 de março.