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Economia

Queda do petróleo não deve ser contínua, segundo especialistas

A queda do preço, em vez de explosão, foi uma medida de cautela do mercado

Agência Brasil

12 de Março de 2011 - 08:29

A tragédia no Japão, provocada pelo terremoto que aconteceu na madruga de hoje e provocou a morte de mais de mil pessoas, repercutiu no preço do petróleo. O valor do barril, negociado em Nova York, ficou abaixo de US$ 100, pela primeira em uma semana.

Para o especialista em petróleo do Instituto Millenium, Adriano Pires, essa tendência de queda não vai se manter. “Este ano é um ano de volatilidade do preço do barril por conta do crescimento da economia. O preço caiu porque o Japão é grande consumidor, mas isso já pode mudar amanhã mesmo”, afirmou.

Segundo Pires, a volatilidade do preço é provocada por especuladores do mercado futuro. “Existe uma especulação em função dos fatos reais. Há grandes especuladores que aproveitam o baixo preço para comprar e revender a um preço maior lá na frente”, disse. A instabilidade do petróleo também é provocada pela crise política no Oriente Médio e Norte da África. “A previsão é que o preço se mantenha entre US$ 90 e US$ 120 dólares”, completou.

De acordo com o professor do Ibmec-DF, Creomar de Souza, a reação de queda dos preços em vez de alta é peculiar, está havendo uma sucessão de crises. “Não é possível mensurar em um primeiro momento as reais consequências dessa crise humanitária. A queda do preço, em vez de explosão, foi uma medida de cautela do mercado. O mercado está em letargia para saber se a situação será resolvida a curto ou médio prazo. Na semana que vem poderemos ter um realinhamento melhor”, estimou.