ECONOMIA
Segunda prévia do IGP-M acelera a 0,37%, puxada pelos preços ao produtor
A taxa de variação dos bens finais passou de 0,39% para 0,51%, puxada pelo subgrupo combustíveis para o consumo, com elevação de 1,8% para 7,68%.
Agência Brasil
21 de Novembro de 2017 - 08:31
A alta dos preços ao produtor levou a segunda prévia de novembro do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) a apresentar ligeira aceleração de preços, ao subir para 0,37%. O resultado é ligeiramente superior aos 0,30% da primeira prévia do mês.
O dado foi divulgado hoje (21) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) e se refere ao intervalo entre o dia 21 do mês anterior e o dia 10 do mês de referência. O IGP-M é utilizado para atualizar valores de contratos, como o do aluguel.
O Índice de Preços ao Produtor (IPA), que registra variações de preços de produtos agropecuários e industriais nos estágios de comércio anteriores ao consumo final, responde por 60% do IGP-M, apresentou variação de 0,43%. No mesmo período do mês anterior, a taxa foi de 0,36%.
A taxa de variação dos bens finais passou de 0,39% para 0,51%, puxada pelo subgrupo combustíveis para o consumo, com elevação de 1,8% para 7,68%.
Também tiveram a alta os bens intermediários, passando de 1,29%, em outubro, para 1,81%, em novembro. O resultado foi puxado pelo subgrupo suprimentos, cuja taxa passou de 0,12% para 2,75%.
Já o índice referente a matérias-primas brutas fechou com deflação (inflação negativa) ao variar -1,34%. No mês anterior, a taxa também foi negativa: -0,80%. Os itens que mais contribuíram para este movimento foram minério de ferro (-5,82% para -11,06%), bovinos (1,04% para -1,54%) e milho em grão (9,37% para 4,32%).
Preços ao Consumidor e da Construção
Com peso de 30% na composição do IGP-M, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou variação de 0,23% em um mês encerrando-se em 10 de novembro, ante 0,24%, no mesmo período do mês anterior.
A estabilidade em um mês reflete a queda de preços em quatro das oito classes de despesa que compõem o índice. A principal contribuição partiu do grupo Alimentação (0,08% para -0,18%). Nesta classe de despesa, cabe mencionar o item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de 4,37% para 0,08%.
Também tiveram redução os grupos vestuário (0,8 para -0,41%); educação, leitura e recreação (0,37% para -0,2%); e despesas diversas (0,57% para 0,04%).
Em sentido contrário, fecharam com alta de preços os grupos habitação (0,22% para 0,6%); transportes (0,21% para 0,52%); saúde e cuidados pessoais (0,27% para 0,49%); e comunicação (0,28% para 0,44%).
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), com peso de 10% na composição do IGP-M, fechou o período com variação de 0,28%. No mês anterior, este índice variou 0,11%.
O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços registrou variação de 0,62%, acima do resultado de outubro, de 0,18%. Já o índice que representa o custo da mão de obra não registrou variação. No mês anterior, este índice variou 0,05%.