Setembro tem queda da busca do consumidor por crédito aponta Serasa

Segundo os economistas da Serasa Experian, o resultado de setembro/12 foi impactado pelo calendário extremamente adverso do mês (19 dias úteis contra 23 dias úteis de agosto/12 e 21 dias úteis em relação a setembro de 2011).

Anulando-se esta discrepância, a média diária (por número de dias úteis) de consumidores que buscaram crédito em setembro/12 foi 1,1% superior a de agosto/12 e 0,6% mais alta que a de setembro de 2011. Isto revela que o consumidor está gradativamente retornando ao mercado de crédito tendo em vista as reduções das taxas de juros, o recuo gradual da inadimplência e a manutenção de taxas de desemprego historicamente baixas.

Análise por região

O maior recuo na demanda do consumidor por crédito em setembro/12 verificou-se na região Nordeste, queda de 17,6% em relação a agosto/12. Em seguida vieram as regiões Sudeste e Centro-Oeste com declínios quase idênticos: 16,8% no Sudeste e 16,7% no Centro-Oeste. Já as menores quedas ocorreram nas regiões Norte e Sul, a primeira recuando 15,5% e a segunda 14,5% em termos de demanda dos seus consumidores por crédito.

No acumulado do ano, isto é, de janeiro a setembro de 2012, as regiões de renda per capita mais baixa estão tendo melhor desempenho em termos de busca por crédito: a região Norte é a única que vem apresentando variação positiva frente ao mesmo período do ano passado, com alta de 0,8%, e o Nordeste exibe um recuo de 3,4% frente ao acumulado de janeiro a setembro de 2011. No Centro-Oeste, a queda na demanda dos seus consumidores por crédito está em 5,1% no acumulado dos primeiros nove meses de 2012 e as regiões Sul e Sudeste registram quedas semelhantes de 7,1% neste mesmo critério de comparação.

Análise por classe de renda pessoal mensal

O declínio da demanda dos consumidores por crédito em setembro de 2012 foi, por faixa de renda, bastante semelhante, indo de 16,2% para consumidores que ganham entre R$ 2.000 e R$ 5.000 por mês e entre R$ 5.000 e R$ 10.000 por mês, até 16,7% para os consumidores que ganham entre R$ 1.000 e R$ 2.000 mensais.

Neste ano de 2012, devido ao impacto do aumento do salário-mínimo, apenas a camada de renda mais baixa da população (ganhos até R$ 500 mensais) está registrando crescimento da sua procura por crédito: alta de 2,5% no acumulado de janeiro a setembro de 2012 frente ao mesmo período do ano passado.

Todas as demais faixas de renda continuam exibindo quedas neste mesmo critério de comparação indo desde queda de 6,8% (consumidores que ganham entre R$ 1.000 e R$ 2.000 por mês e consumidores que recebem mais de R$ 10.000 mensais) até baixa de 7,5% (consumidores com renda mensal compreendida entre R$ 2.000 e R$ 5.000).