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Economia

Setor supermercadista deve crescer 5%, incremento de R$ 402 milhões em 2023

Levantamento aponta que em 2022 o segmento teve faturamento de R$ 8,056 bilhões; MS ocupa o 15° lugar em lucratividade no País.

Correio do Estado

23 de Setembro de 2023 - 09:15

Setor supermercadista deve crescer 5%, incremento de R$ 402 milhões em 2023
O setor supermercadista registrou rendimento de R$ 695,7 bilhões no ano passado, tendo sido responsável por 7,03% do PIB nacional - Gerson Oliveira/Correio do Estado.

O setor supermercadista de Mato Grosso do Sul deve crescer acima da média nacional este ano. A estimativa do segmento é de que, em todo o Brasil, o crescimento seja de 3,2 %, enquanto, no Estado, a Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados (Amas) projeta alta de 5% para este ano.

Dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) apontam que o setor movimentou R$ 8,056 bilhões em Mato Grosso do Sul em 2022. O estudo divulgado pela Abras destaca ainda que o Estado foi o 15º em faturamento no ano passado, considerando 26 unidades da Federação.

Com base no total arrecadado pelo setor em 2022, o incremento para este ano é estimado em R$ 402 milhões, caso confirmado o crescimento de 5%. Em todo o País, o segmento faturou R$ 695,7 bilhões no ano passado e deve ampliar em R$ 22,2 bilhões o total de arrecadação.

Setor supermercadista deve crescer 5%, incremento de R$ 402 milhões em 2023
Fonte: Associação Brasileira de Supermercados (Abras)/Reportagem/Jucems.

Ao Correio do Estado, a Amas destaca que o setor acompanha a tendência nacional de expansão, porém, com média ainda maior. “A expectativa de crescimento em Mato Grosso do Sul é de 5% para os supermercados e de 10% para os atacarejos”, afirmou a entidade, em nota.

O comunicado da Amas destaca ainda que o crescimento é válido para todos os formatos e canais de distribuição: supermercados, hipermercados, atacarejos, mercados de vizinhança e e-commerce.

No País, a Abras atribui o panorama positivo ao crescimento das transações de fusões e aquisições . Outros fatores destacados para o bom o resultado são a queda da inflação, o índice de empregos e o consumo das famílias.

O presidente da Amas, Denyson Prado, pontua que o setor vive bom momento. “Podemos dizer que o setor está em constante desenvolvimento. A concorrência é muito dinâmica, muda todo dia, e quem não acompanha, fica para trás”, comenta.

CRESCIMENTO

Dentro do setor comercial, o ramo supermercadista é um dos que mais cresce no Estado. Conforme publicado pelo Correio do Estado em novembro do ano passado, de acordo com a Junta Comercial do Estado de Mato Grosso do Sul (Jucems), em 2022, eram 1.061 supermercados e 63 hipermercados espalhados por MS, totalizando 1.124 empreendimentos.

O titular da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, evidencia o trabalho que vem sendo desenvolvido para fomentar também o ramo do varejo.

“Passamos, nos últimos anos, de produtores de grãos e carne a industrializadores de matérias-primas. Agora temos o desafio de levar isso até as prateleiras”, afirmou durante o evento SuperAmas, realizado neste mês em Campo Grande. Verruck destacou, ainda, que a produção com competitividade já vem acontecendo com eficiência.

“Agora é a nova fase do celeiro, e precisamos industrializar nossa matéria-prima e fazer com que ela chegue nas prateleiras de qualquer lugar do mundo. Temos um conjunto de novos produtos e vamos dar valor agregado e levar a marca de nosso estado”.

CAMPO GRANDE

Há dois anos, Campo Grande contabilizava 206 supermercados e 26 hipermercados, conforme a Jucems. Em 2020, foram abertos 34 supermercados e 3 hipermercados no Estado, sendo 10 supermercados e 2 hipermercados em Campo Grande. Apesar de não contar com dados oficiais, atualmente, a Capital conta com cerca de 800 supermercados e giro financeiro anual na ordem de R$ 2,2 bilhões.

Para o diretor do Grupo Nunes, Albanes Tiago da Silva, de 50 anos, Campo Grande é uma cidade bem estruturada, que vem crescendo ainda mais em locais afastados da região central. “O surgimento de novos bairros, assim como o crescimento de regiões populosas, fez surgir a necessidade de novos comércios, inclusive supermercados”, destaca o comerciário.

Atualmente, o grupo tem sete lojas no varejo e quatro no atacado, e o diretor aponta a mudança de hábito do consumidor como uma das justificativas para expansão da rede, além do aumento populacional. “A cidade cresce e aumenta a demanda. Nós implantamos novos mercados para suprir a necessidade da população local que prestigia as lojas montadas nos bairros”, conclui.

Dados de 2022 divulgados pela Abras revelam que, além do rendimento anual de
R$ 695,7 bilhões no ano passado, o setor registra mais de 94 mil lojas, tendo sido responsável por 7,03% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.