Educação
Censo escolar mostra que pandemia aumentou reprovação em 128%
As dificuldades de assimilação dos conteúdos após dois anos do regime híbrido de aulas se revelaram mais fortes na rede municipal de Sidrolândia.
Redação/Região News
27 de Fevereiro de 2024 - 07:10
O censo escolar/2023 divulgado pelo Ministério da Educação na semana passada trouxe à luz o impacto da pandemia no nível de aprendizagem dos alunos do Ensino Fundamental das escolas públicas.
Em 2022, primeiro ano letivo pós-pandemia, Mato Grosso do Sul registrou uma reprovação média de 8,15%, um crescimento de 41,73% sobre o índice de 2021. As dificuldades de assimilação dos conteúdos após dois anos do regime híbrido de aulas (presencial e online) se revelaram ainda mais fortes na rede municipal de ensino de Sidrolândia.
O índice médio de reprovação em 2022 chegou a 15,8%, um crescimento de 128,98% sobre os 6,9% de 2021. Em 2019, um ano antes da pandemia, a reprovação foi de 12,1%.
A situação mais dramática é a dos alunos das séries finais do Ensino Fundamental, do 6º ao 9º ano. Enquanto a reprovação nas séries iniciais (do 1⁰ ao 5⁰ ano) em 2022 ficou em 14,4% (ante os 6% do ano anterior), nas séries finais, a reprovação cresceu 120%, passou de 7,8% para 17,2%, índice superior ao da época pré-pandemia, 14,2%, em 2018, por exemplo. Na média estadual, a reprovação ficou em 8,2%. Isto elevou a taxa de distorção idade-série, a quantidade de alunos que estão numa série atrasada em relação a idade deles.
No caso das séries iniciais, o número de alunos nesta situação passou de 16,2% para 21,3%, ante a média nacional, que é de 8,4%. No caso do 5º ano, de cada 100 alunos, 31,9% estão atrasados. A média nacional é de 13,7% e a de Mato Grosso do Sul,21,3%.
No caso das séries finais (do 6⁰ ao 9⁰ ano) 34,9% dos alunos estão na mesma situação. A média nacional de 21,7%, enquanto a estadual fica em 23,6%. Ano passado, o censo computou 8.815 alunos, 6.605 da zona urbana e 2.210 residem no campo.
Reprovação série histórica
Séries iniciais - 1⁰ ao 5⁰ ano
2022 - 14,4%
2021 - 6%
2020 - 6,9 %
2019 - 9,4%
2018 - 8,9%
2017 - 9,6 %
Séries finais
2022 - 17,2%
2021 - 7,8%
2020 - 15%
2019 - 14,8%
2018 - 14,2%