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Eleições 2020

Adversários lançam campanha pelo ‘voto útil’ para tentar derrotar Daltro

Flávio Paes/Região News

11 de Novembro de 2020 - 15:10

Adversários lançam campanha pelo ‘voto útil’ para tentar derrotar Daltro
Candidatos Enelvo Felini e Moacyr Almeida. Fotos: Reprodução/Facebook

Com a proclamação do resultado do julgamento do TRE/MS, que por 6 votos a 0 cassou a candidatura de Daltro Fiuza, ao indeferir o pedido de registro, imediatamente começaram a circular nas redes sociais postagens do placar do julgamento (6 a 0) e abaixo a inscrição, “Daltro cassado, não perca seu voto”, com a orientação ao eleitor para que escolha entre Enelvo Felini e Moacyr Almeida.

Esta campanha pelo voto útil, parte da premissa de que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), última instância de recurso, vai manter a decisão e desempatar em favor das correntes políticas que querem Fiuza fora da disputa. Por enquanto, está um empate, já que na 1ª instância a Justiça Eleitoral decidiu de forma favorável ao candidato do MDB.

A estratégia é tentar convencer o eleitor, propenso a votar em Daltro, a rever sua posição, para livrar que a cidade experimente um período de instabilidade política. Se o candidato do MDB vencer o pleito e o Tribunal Superior Eleitoral ratificar a decisão do TRE, será convocada eleição suplementar, numa reedição do que aconteceu em 2012, quando Enelvo venceu, mas antes de ser diplomado teve o registro de sua candidatura cassada.

Adversários lançam campanha pelo ‘voto útil’ para tentar derrotar Daltro
Publicações do Facebook com o placar do julgamento. Fotos: Reprodução/Rede Social

Até que o novo pleito fosse realizado e o produtor Ari Basso, ganhasse a eleição, o então presidente da Câmara, Ilson Peres, foi prefeito interino por 3 meses. É bem provável que nesta quinta-feira, último dia do horário eleitoral, a decisão do TRE seja tema do programa da Coligação Experiência e Trabalho, que patrocinou uma ação (a outra foi o Ministério Público) pela cassação da candidatura de Daltro.

Depois que na última segunda-feira (9) o pedido de vistas do juiz Daniel Castro, suspendeu o julgamento do recurso com pedido de indeferimento, quando já haviam 3 votos pela cassação (faltava um para fechar maioria de 4 num colegiado de 7 juízes), havia expectativa de que ele apresentasse um parecer divergente em relação ao do   relator, desembargador Divoncir Schreiner Maran, fosse favorável a tese do MDB.

Daniel Castro acabou endossando o entendimento unanime do colegiado da inelegibilidade de Daltro porque teve as contas da sua gestão rejeitadas pela Câmara (referente ao exercício de 2008); foi condenado em segunda instância por improbidade administrativa por ter enviado à Câmara e sancionado o projeto de reajuste dos subsídios dos salários dos agentes públicas (prefeito, vice, vereadores e secretários) para o quadriênio 2009/2012 e também porque o TCU (Tribunal de Contas da União) rejeitou a prestação de contas de um convênio firmado em 2009 entre o Incra e a Prefeitura.