Eleições 2020
Bolsonaro comemora resultado do primeiro turno e diz que unirá o país se for eleito
Candidato do PSL à Presidência disputará o segundo turno com Fernando Haddad (PT).
G1
07 de Outubro de 2018 - 21:37
O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, comemorou na noite deste domingo (7) o resultado do primeiro turno da eleição. Ele disputará o segundo turno com o candidato do PT, Fernando Haddad.
Numa transmissão ao vivo no Facebook ao lado do economista Paulo Guedes, disse que, se for eleito, unirá o país.
"O agradecimento que faço é a todos os brasileiros, ganhamos em quatro regiões. Perdemos no Nordeste, mas nossa votação no Nordeste foi muito boa e tenho certeza que Deus ajudará por ocasião do segundo turno", afirmou Bolsonaro.
"Temos tudo para sermos uma grande nação. Temos que unir o nosso povo, unir os cacos que nos fez o governo da esquerda no passado. [...] Vamos unir o nosso povo. Unidos, seremos, sim, uma grande nação. Ninguém tem o potencial que nós temos", acrescentou.
Em outro trecho da transmissão, Bolsonaro disse que o país "está à beira do caos" e, por isso, na opinião dele, "não podemos dar mais um passo à esquerda".
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, com 99% das urnas apuradas, Bolsonaro tinha 46,23% dos votos e Fernando Haddad, 28,99%.
Urnas
O candidato do PSL disse, ainda, que ouviu críticas de eleitores sobre as urnas.
Bolsonaro tem afirmado que não confia na "lisura" do processo e, na transmissão deste domingo, citou um vídeo em que o eleitor diz apertar o número "1" e, automaticamente, a urna acrescenta o "3", formando, assim, o 13, número do candidato do PT, Fernando Haddad. Esse vídeo citado por Bolsonaro é uma montagem e é #Fake.
Facada em Bolsonaro
Deputado federal desde 1991, Bolsonaro filiou-se ao PSL em marçopara disputar a primeira eleição presidencial. Em 6 de setembro, foi vítima de uma facada no abdômen durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG).
O candidato do PSL passou por cirurgias e ficou 23 dias internado. Em razão do atentado, Bolsonaro concentrou a campanha nas redes sociais, com a publicação de mensagens por escrito e de vídeos.
Sem fazer campanha nas ruas, manteve o primeiro lugar nas pesquisas – liderou desde o início nos cenários sem o ex-presidente Lula – mesmo sem um espectro grande de alianças e com pouco tempo na propaganda eleitoral gratuita de TV. A popularidade de Bolsonaro cresceu à base de um discurso anti-PT e antiesquerda.
Polêmicas
A campanha do deputado federal também teve polêmicas envolvendo declarações de Bolsonaro e do candidato a vice na chapa dele, general Hamilton Mourão.
Bolsonaro:
- Disse que iria "fuzilar a petralhada"; depois, afirmou que era uma "figura de linguagem";
- Defendeu condecorar policiais que matam criminosos
- ;Disse que não aceitará o resultado se não for o eleito; depois, disse que "não tem nada para fazer" em caso de derrota e que somente não ligaria para cumprimentar Haddad.
Bolsonaro também teve de explicar frases polêmicas ditas ao longo da carreira política, em especial sobre negros, gays e mulheres – o STF rejeitou denúncia de racismo contra ele.
General Mourão:
- Criticou o 13º salário; depois, foi afirmou que a declaração foi "descontextualizada"; na ocasição, o general foi repreendido por Bolsonaro;
- Afirmou que, em situação hipotética de anarquia, o presidente eleito pode dar um "autogolpe" com apoio das Forças Armadas;
- Disse que o Brasil herdou a cultura do "privilégio" do português, a "indolência" do índio e a "malandragem" do africano; depois, disse que foi "mal interpretado".