Eleições 2020
Com 4 candidatos, campanha para prefeito de Sidrolândia pode custar até R$ 1,9 milhão
Flávio Paes/Região News
06 de Setembro de 2020 - 19:39
A campanha para prefeito de Sidrolândia, que se prenuncia como a mais competitiva da história política da cidade, pode ter um custo milionário, tomando como referência o teto de gastos autorizados pelo Tribunal Superior Eleitoral. O TSE fixou em R$ 484.022,59 o limite de gastos de cada um candidatos a prefeito e em R$ 49.491,87 o dos postulantes a vaga de vereador.
Houve um acréscimo de 13,9%, que corresponde ao IPCA acumulado de junho de 2016 (4.692). O grosso deste recurso virá do fundo partidário já que as doações de empresas estão proibidas. Há 4 anos, o teto de gastos para os candidatos a prefeito foi fixado em R$ 424.881,17 e os dos candidatos a vereador, em R$ 43.444,65.
Se de fato forem homologadas 4 candidaturas a prefeito e todos os postulantes gastarem este limite, a campanha para o Executivo vai custar R$ 1.936.097,36, praticamente quase 200% a mais que as despesas contabilizadas na última eleição, quando os 4 candidatos mostraram na Justiça Eleitoral gastos que somaram R$ 697.672,32.
Em 2016 o prefeito Marcelo Ascoli informou à Justiça Eleitoral gastos no montante de R$ 160.672,32, sendo R$ 32.577,62, com a compra de combustíveis. Conseguiu arrecadar R$ 180.572,32, tendo sido ele próprio o maior doador (R$ 69.358.62), seguindo de dois produtores rurais filiados ao MDB, Valquírio Rossato (R$ 38 mil), sogro do ex-secretário de Saúde, Nélio Paim e Eurico Souza (R$ 23 mil), pai da coordenadora municipal de Políticas Públicas da Mulher, Natalia de Souza. Quem também fez doações para a campanha (R$ 6 mil) foi Sandro Luiz, atual pré-candidato a vereador e que foi secretário de Esportes.
A campanha mais cara foi a do então prefeito Ari Basso (que não conseguiu se reeleger). Ele gastou R$ 306 mil, um pouco abaixo do valor arrecadado, R$ 317.755,00, sendo R$ 269.500,00 pelo próprio ex-prefeito e mais R$ 45 mil doados por um dos seus filhos, o produtor Lúcio Basso. O empresário Haroldo Calves, que ficou em terceiro lugar na disputa, declarou ter gasto R$ 27 mil, enquanto Beto Teles, apenas R$ 150,00.