Eleições 2020
Urna eletrônica de seção da Escola Porfiria passará por auditoria de funcionamento
A presidente do Tribunal, desembargadora Tânia Garcia, pousou de helicóptero num terreno baldio próximo ao fórum.
Flávio Paes/Região News
06 de Outubro de 2018 - 15:37
A urna de número 1252 que seria usada na seção 55 instalada na Escola Municipal Porfiria do Nascimento foi escolhida por sorteio, promovido pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) para passar por auditoria de funcionamento. O mesmo procedimento será adotado em relação a uma urna destinada inicialmente para Anastácio e uma terceira, da Capital.
A presidente do Tribunal, desembargadora Tânia Garcia, esteve na manhã de hoje em Sidrolândia. Em companhia da juíza Elisabeth Baish, a magistrada pousou de helicóptero num terreno baldio, localizada ao lado do fórum da Comarca para levar a urna que será testada na Capital.
Ela foi recepcionada no fórum pelo juiz eleitoral, Fernando Moreira e pela promotora eleitoral, Janeli Basso. O equipamento ficará sob guarda da Polícia Federal até às 6h deste domingo, quando serão transferidos para o Fórum Eleitoral, no Parque dos Poderes. Segundo a desembargadora Tânia, em entrevista concedida ao repórter Cezar Dias, da emissora N’FM, haverá dois tipos de auditorias, que serão realizadas no mesmo dia e horário do pleito.
Uma das auditorias é para verificar o funcionamento da urna em condições normais de uso – a chamada votação paralela - e consiste em uma simulação do processo em três urnas que já estavam programadas para o uso nas eleições. Foram sorteados equipamentos da 36ª zona eleitoral, de uma seção da Capital, a 184, localizada no colégio Funlec e os outros dois do interior, esta da 55ª seção, na Escola Municipal Porfíria Lopes do Nascimento, em Sidrolândia, e a da 44º zona eleitoral, seção 108, na Escola Romalino Alves de Albres, em Anastácio.
A presidente do TRE/MS informa que a votação paralela será realizada com acompanhamento de representantes de partidos políticos, da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil), do Ministério Público e de empresa de auditoria externa. “São cédulas preenchidas previamente pelos partidos políticos e estudantes, cerca de 250 pessoas por seção. Os dados são digitalizadas em um sistema auxiliar, digitados na urna e, depois, os resultados são comparados com o registrado no boletim de urna. Nas seções, os equipamentos serão substituídos por “urnas de contingência”, explica Carlos Alberto Garcette, presidente da Comissão de Auditoria da Urna Eletrônica.
Já o outro tipo de auditoria, para verificação da autenticidade e integridade dos sistemas, será realizado em tempo real, na própria seção das zonas eleitorais. Foram sorteadas urnas da 44ª zona eleitoral, seção 108, montada na Escola Estadual 11de Outubro, na 53ª zona, seção 285, na Escola Padre Tomaz Ghirardelli, e da 35ª zona eleitoral, seção 119, na Escola Estadual Sebastião Santana Oliveira.
O processo é conduzido pelo juiz eleitoral, com a participação de partidos políticos, Ministério Público e OAB. Antes da impressão da zerésima, é feito o procedimento para verificar a integridade dos sistemas instalados e então a urna é liberada.
Transparência - As auditorias nas urnas não são novidade; acontecem desde quando o sistema de urnas eletrônicas foi implantado no Brasil, há 22 anos.
“É muito importante também para comprovar a segurança do sistema. Tem muita implantação de fake news tentando desacreditar a transparência do equipamento, até mesmo como estratégia política. Mas são realizadas audiências com especialistas em tecnologia para encontrar formas de burlar o sistema, mas nunca conseguiram”, detalha.