Emprego e Renda
Criação de vagas desacelera, e Brasil abre 328,5 mil empregos em fevereiro
Dados são do Caged e foram divulgados nesta terça (29). Ao todo, país registrou 2,01 milhões de contratações e 1,68 milhão de demissões no mês passado.
G1
29 de Março de 2022 - 09:44
O Ministério do Trabalho informou nesta terça-feira (29) que o Brasil gerou 328,5 mil empregos com carteira assinada em fevereiro deste ano. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e representam queda na comparação com fevereiro de 2021, quando foram criados 397,5 mil empregos formais.
Ao todo, no mês passado, o país registrou:
- 2.013.143 contratações;
- 1.684.636 demissões.
O resultado representa a maior geração mensal de empregos formais desde agosto de 2021, quando as contratações superaram as demissões em 383 mil vagas.
Em janeiro deste ano, a abertura de vagas formais já havia registrado desaceleração.
A comparação dos números com anos anteriores a 2020, segundo analistas, não é mais adequada porque o governo mudou a metodologia no início do ano passado.
Primeiro bimestre
Ainda de acordo com o Ministério do Trabalho, foram criadas 478,9 mil de vagas no acumulado do primeiro bimestre deste ano.
No mesmo período ano passado, havia sido abertos 651,8 mil empregos com carteira assinada. Com isso, a geração de empregos na economia desacelerou nos dois primeiros meses de 2022.
Ao final de fevereiro de 2022, o Brasil tinha saldo de 41,2 milhões de empregos com carteira assinada.
Isso representa aumento na comparação com janeiro deste ano (40,9 milhões de empregos) e, também, com fevereiro de 2021, quando o saldo estava em 38,6 milhões.
Setores
Os números do Caged de fevereiro de 2022 mostram que foram criados empregos formais nos cinco setores da economia. Veja no gráfico abaixo:
Regiões do país
Os dados também revelam que foram abertas vagas em todas as regiões do país no mês passado. Veja abaixo:
Salário médio de admissão
O governo também informou que o salário médio de admissão foi de R$ 1.878,66 em fevereiro deste ano, o que representa queda real, com os valores sendo corrigidos pelo INPC, de R$ 61,14 em relação a janeiro (R$ 1.939,80).
Na comparação com fevereiro do ano passado, também recuou, pois o salário de admissão estava em R$ 1.926,36 naquele mês.
Caged x Pnad
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados consideram os trabalhadores com carteira assinada, isto é, não inclui os informais. Com isso, os resultados não são comparáveis com os números do desemprego, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad).
Os números do Caged são coletados das empresas e abarcam o setor privado com carteira assinada, enquanto que os dados da Pnad são obtidos por meio de pesquisa domiciliar e abrangem também o setor informal da economia.
Segundo o IBGE, a taxa de desemprego no Brasil ficou em 11,2% no trimestre encerrado em janeiro, com a falta de trabalho ainda atinge 12 milhões de brasileiros. O número de ocupados no país atingiu 95,4 milhões de pessoas, uma alta de 1,6% (1,5 milhão de pessoas) ante o trimestre anterior. Foi a primeira vez que a gente consegue ultrapassar o total de ocupados do período pré-pandemia.