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Esporte

André estreia com gol e garante vitória do Galo sobre o Fluminense

Ex-atacante do Santos balança as redes com oito minutos em campo e afasta crise. Tricolor segue rotina de altos e baixos na competição

Globo Esporte

28 de Julho de 2011 - 09:52

André estreia com gol e garante vitória do Galo sobre o Fluminense
Andr - Foto: Photoc

Competência + estrela = uma estreia perfeita. André precisou de apenas oito minutos para começar a mostrar que valeu a pena toda força feita pelo Atlético-MG para contar com seu futebol. Este foi o tempo que o atacante precisou após entrar em campo, aos 22 minutos do segundo tempo, para decretar a vitória do Galo sobre o Fluminense, por 1 a 0, na noite desta quarta-feira, no Ipatingão, em Ipatinga, pela 12ª rodada do Brasileirão.

O estreante, por sinal, foi o responsável por salvar uma noite que vinha sendo marcada por um futebol lamentável no interior de Minas Gerais. Com muitos passes errados e jogadas duras, tricolores e atleticanos protagonizavam um dos piores jogos do Campeonato Brasileiro. Melhor para o ex-fiel escudeiro de Neymar, que ganhou ainda mais destaque em sua primeira vez pelo Galo.

A vitória impediu que a combinação de resultados da rodada colocasse o Atlético-MG para a zona de rebaixamento e leva dias de paz ao time, que chega aos 14 pontos, na 13ª posição. Sábado o compromisso é fora de casa, diante do Palmeiras, às 21h (de Brasília), no Pacaembu. Já o Flu segue sua gangorra no Brasileirão: são seis derrotas e cinco vitórias em 11 jogos, o que coloca os cariocas em décimo, com 15 pontos. O rival de domingo, às 16h, no Engenhão, é o Ceará.

Poucas oportunidades, muitas faltas e passes errados

O Fluminense esperava um erro do Atlético-MG para dar o golpe fatal. O Galo, por sua vez, entrou em campo pressionado e sem poder errar. Pior para o torcedor que foi ao Ipatingão e viu um primeiro tempo fraco tecnicamente e com raras chances de gol. Somente nos 45 minutos iniciais foram 38 passes errados (17 do Galo contra 21 do Flu) e 20 faltas cometidas (9 x 11). Finalizações? Apenas 11 (5 x 6), nenhuma perigosa.

Ciente de que vencer era emergencial, o Galo até começou o jogo marcando pressão no campo de ataque e anulando qualquer possibilidade de ação ofensiva do Flu. Faltava, por sua vez, qualidade quando tinha a bola nos pés. Com Jônatas Obina e Magno Alves distantes, o ataque não dava opções e a maioria das conclusões aconteceu em arremates de longa distância sem direção.

Apostando nos contragolpes, o Fluminense dependia da criatividade da dupla Deco e Souza. Bem no jogo, o segundo até deu bons passes, mas com Fred isolado no ataque as jogadas não fluíam e as melhores chances também aconteceram em chutes sem muito perigo.

Com os laterais em noite pouco inspirada, as duas equipes afunilavam muito os lances e a partida ficou truncada no meio-campo e com faltas em sequência. Pior para o Flu, que perdeu Deco e Diguinho, suspensos, para o jogo diante do Ceará, no fim de semana.

Na descida para o intervalo, os próprios jogadores admitiram que a jornada não foi das mais empolgantes.

- A torcida lamenta a situação da equipe. Temos que participar mais. O time está se escondendo um atrás do outro. Temos que participar mais – reclamou o lateral-esquerdo atleticano Guilherme, muito vaiado.

Já Gum admitiu a precaução excessiva do Tricolor.

- Jogo difícil. O Atlético-MG está pressionando e marcando forte. Queremos surpreende-los. Não podemos ter erro.

Na volta para o segundo tempo, Dorival Júnior botou o Galo no ataque: saiu o lateral Guilherme para a entrada do atacante Wesley. Já Abel Braga colocou Fernando Bob para fazer a ligação entre defesa e ataque na vaga de Deco. Ponto para estratégia mineira. Mesmo que mais na base da vontade do que na técnica, o Galo tomou conta do jogo e colocou Diego Cavalieri para trabalhar. Patrick e Magno Alves em chutes de longe forçaram boas defesas do goleiro.

Com sua equipe acuada, Abelão deu o troco e recolocou o Flu na partida com a entrada de Rafael Sobis no lugar de Souza. Assim, Fred não estava mais isolado, e os laterais passaram a buscar a dupla ofensiva com cruzamentos perigosos. O goleiro Giovani, por sua vez, pouco trabalhou.

A esta altura, o estreante André, ex-Santos, já estava em campo, e para provar que tem estrela. Oito minutos com a camisa atleticana foram suficientes para marcar o primeiro gol. Aos 30, Magno Alves avançou pela direita em velocidade e cruzou na pequena área a meia altura. O atacante se antecipou a Gum e teve que se abaixar para cabecear firme sem chances para Cavalieri: 1 a 0 Galo e alívio em Ipatinga.

Em vantagem, o Atlético-MG recuou e por pouco não foi punido por isso. O Flu, que começou o jogo com um atacante, já tinha três em campo com a entrada de Rafael Moura e partiu para o abafa. Fred, Marquinho e o próprio He-Man desperdiçaram boas chances e não foram capazes de mudar o placar. Festa mineira no Ipatingão.