Esporte
Brasil espanta fantasma, massacra Argentina e vai às quartas
Depois de um primeiro quarto preocupante e um segundo período animador, a Seleção Brasileira garantiu o histórico triunfo no segundo tempo
Terra
08 de Setembro de 2014 - 07:25
Há exatamente quatro anos, Brasil e Argentina se enfrentavam pelas oitavas de final do Mundial masculino de basquete, na Turquia. Naquele 7 de setembro de 2010, os argentinos triunfaram por 93 a 89 e eliminaram o sonho brasileiro de ir mais longe no torneio. Dois anos depois, novamente superaram a Seleção, desta vez pelas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Londres, por 82 a 77. O trauma era grande, certo?
Sim. Mas, neste domingo, foi, enfim, superado. No dia do 192º aniversário de sua independência, o Brasil conseguiu se libertar no basquetebol masculino: comandada pelo hermano Rúben Magnano, a Seleção verde e amarela apresentou uma monumental atuação no segundo tempo, venceu a Argentina, de virada, por 85 a 65 em Madri e conseguiu uma excepcional classificação às quartas de final do Mundial. O rival por um lugar na tão sonhada semifinal será a Sérvia, na próxima quarta, às 13h (de Brasília).
Depois de um primeiro quarto preocupante e um segundo período animador, a Seleção Brasileira garantiu o histórico triunfo deste domingo no segundo tempo. Raulzinho, Anderson Varejão e Marquinhos tiveram atuações impressionantes, e o Brasil simplesmente atropelou a poderosa base da seleção campeão olímpica de 2004 nos 20 minutos finais: fez 52 a 29 apenas depois do intervalo e voltou a se garantir nas quartas de final de um Mundial.
Reserva de Marcelinho Huertas, Raulzinho foi o cestinha da Seleção Brasileira na partida, com 21 pontos, e teve desempenho fabuloso nos arremessos de quadra: acertou nove de dez chutes em menos de 25 minutos e comandou o Brasil à vitória. O ala Marquinhos anotou 13 tentos, e Varejão conseguiu oito pontos e nove rebotes. Pelo lado argentino, Prigioni foi o maior pontuador da partida, com 18 tentos, e Luis Scola teve desempenho discreto (nove pontos e sete rebotes).
O jogo começou com as duas seleções baseando os ataques em seus pontos fortes. O Brasil dominou o garrafão no primeiro quarto (com dez pontos contra apenas quatro dos argentinos na área pintada), mas viu o rival esbanjar categoria no perímetro. Praticamente tudo o que era arremessado por Pablo Prigioni, Facundo Campazzo e Léo Gutierrez caía. Foram cinco bolas de três incluindo uma do meio da quadra apenas nos primeiros dez minutos, que se encerraram com um implacável 21 a 13 dos argentinos.
Apesar da desvantagem, o Brasil não sentiu e teve bom desempenho no segundo quarto. Anderson Varejão, Marquinhos, Marcelinho Huertas e, principalmente, Guilherme Giovannoni comandaram bons ataques da Seleção, que melhorou a defesa e foi aos vestiários apenas três pontos atrás da Argentina. O terreno estava preparado para a virada.
E ela veio de maneira fulminante no terceiro período. Com um início arrasador, no qual anotou 15 pontos e sofreu apenas três, o Brasil não só assumiu a dianteira do placar como também abriu frente de mais de dez pontos. Raulzinho se destacava com arremessos de média/longa distância, e Anderson Varejão mostrava a sua já conhecida raça para abocanhar alguns rebotes ofensivos. Luis Scola, por sua vez, sofria com o excesso de faltas e chegou até a errar quatro lances livres consecutivos.