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Esporte

Cássio destaca identificação com o Corinthians, traça metas e não se vê como o maior: 'Em casa'

Veja a entrevista coletiva do goleiro, que renovou até o fim de 2022

Globo Esporte

22 de Janeiro de 2019 - 15:14

Um dia após renovar contrato com o Corinthians até o fim de 2022, o goleiro Cássio concedeu entrevista coletiva no CT Joaquim Grava e destacou a identificação com o clube.

Desde 2012 no Corinthians, Cássio já conquistou oito títulos pelo Timão: dois Brasileiros (2015 e 2017), três Paulistas (2013, 2017 e 2018), uma Recopa Sul-Americana (2013), uma Libertadores (2012) e um Mundial (2012).

– Sou muito identificado aqui com o clube. O clube apostou em mim, evoluí, ganhei títulos. Tento fazer o melhor, estou muito feliz pela renovação, me sinto em casa, gosto de estar aqui, do ambiente, das pessoas. É pensar ano a ano, chego na oitava temporada assim. É me dedicar ao máximo. Acho legal, esses goleiros são referências (Marcos no Palmeiras, Rogério Ceni no São Paulo e Ronaldo no Corinthians). Referências de tempo de casa, é raro. Prass no Palmeiras também tem história bonita e longa. Mas vamos nos dedicando ano a ano para ver como será quando acabar a carreira ou quando acabar esse contrato – afirmou o o goleiro.

Cássio já disputou 383 jogos e está próximo de se tornar o segundo goleiro com mais partidas pelo clube, posto ocupado atualmente por Gylmar dos Santos Neves, com 395. A distância para o líder, porém, ainda é grande. Ronaldo Giovanelli vestiu a camisa corintiana em 602 oportunidades.

– É uma marca expressiva que ele (Ronaldo) tem, é o goleiro que mais vestiu a camisa do Corinthians, mas minha meta é chega primeiro aos 400, tentar melhorar, ano passado joguei menos pela seleção, foi positivo, mas quero chegar aos 400, fazer um ano bom, ganhar títulos. A gente é movido por desafios, para quebrar recordes. Ele é um cara que admiro, seria muito legal (igualá-lo). Quero chegar perto dos 450 neste ano e quem sabe no futuro posso até passar essa marca de jogos – disse o camisa 12, que está com 31 anos.

Cássio será mais uma vez titular do Timão nesta quarta-feira, em partida contra o Guarani, às 19h15, no Brinco de Ouro, em Campinas.

Confira outros trechos da entrevista coletiva de Cássio:

Melhor goleiro do Corinthians

– Corinthians é muito grande para alguém se achar o maior. Acho que o Ronaldo é, mas o Corinthians é muito grande para isso. Ronaldo passou dez anos, teve uma época muito boa, seu Miranda sempre fala bem dele, aprendi a admirar muito, vou sempre respeitar, uma das metas é passá-lo. Mas minha opinião sobre ele vai ser sempre a mesma.

Faltou brilhar na Europa?

– Não, a gente faz escolhas, não tive muitas oportunidades quando tive na Holanda, por isso ou aquilo, mas ficou no passado. Estou muito feliz, não tive sequência por lá, o PSV não me liberou, fiquei no banco, não apareci. Acabei pecando nisso, não joguei, mas não quer dizer que tudo o que passei na Europa não me ajudou no que sou no Corinthians, a gente tira experiências. Estou muito feliz aqui, tenho prazer de levantar e vir treinar todos os dias, estou no meio de amigos e pessoas que gosto de conviver. É tirar coisas positivas para continuar e ter uma grande carreira no Corinthians.

Rodízio de capitães

– É muito positivo, independentemente do ano passado o Jair ter me colocado como capitão fixo, Fagner, Henrique, Ralf, entre outros, Jadson, eram capitães. Mesmo sem a braçadeira, mas a liderança deles é normal e muito boa. Para mim é indiferente, a gente é um grupo, independente de quem for capitão vou ajudar. É legar ter esse rodízio, não é uma coisa que atrapalha, Fábio chegou e falou comigo, eu já imaginava. É todo mundo em pró para ajudar o Corinthians

Vagner Love

– Fui muito feliz contra ele, não levei nenhum gol quando o enfrentei (risos). mas é um excelente atacante, foi importante em 2015, e estamos bem servidos de atacantes. Gustagol e Boselli. Love é um cara muito bacana, mas difícil um jogador comentar a situação. É um grande centroavante, onde jogou foi artilheiro.

Sampaoli e Vanderlei, do Santos

– Tem uma evolução no futebol brasileiro, no período da Copa foi muito legal, trabalhando com Taffarel e Ederson e Alisson, conversei muito com eles. Me disseram que a gente joga bem com pé, mas os caras dão opção, os caras abrem. Fabio tem cobrado para sair jogando, com Osmar era assim, o (preparador de goleiros do Corinthians) Leandro Idalino cobra ter um passe de qualidade. Mas hoje no Corinthians os jogadores abrem para eu poder jogar, tem que dar opção. O goleiro vai dar balão para não ter problema. Mas é uma evolução, você ganha mais sabendo jogar, uma saída de bola melhor, em vez de quebrar a bola. É importante. Mas não podemos querer achar goleiro que trabalha com o pé um Neuer, um Ederson. Eu com 30 anos em 2018 tive evolução, todo mundo pode evoluir. Pode ser um algo a mais para a equipe.