Esporte
Corinthians evita crise e resolve vaga em menos de 20 minutos
O Corinthians soube marcar bem os mais de dez escanteios do Bragantino, que costuma ir bem pelo alto, e fez o adversário provar do próprio veneno
Gazeta Esportiva
04 de Setembro de 2014 - 08:32
O torcedor do Corinthians foi ao estádio de Itaquera pronto para sofrer, mas só teve esse gostinho nos acréscimos. Derrotada por 1 a 0 no jogo de ida, a equipe do Parque São Jorge espantou a zebra rapidamente, marcando três gols em menos de 20 minutos e levando um apenas aos 44 minutos da etapa final: 3 a 1.
Com tentos de Renato Augusto de longe, o melhor em campo , Ralf e Felipe, o time dirigido por Mano Menezes assegurou sua presença nas quartas de final da Copa do Brasil, evitando uma crise que se instalaria com a eliminação. O adversário será o Atlético-MG ou o arquirrival Palmeiras.
Para virar o confronto, Mano resolveu sacar Jadson e apostar em três homens de frente, para ter sempre atletas abertos no ataque. O treinador conseguiu o efeito que buscava, chegando ao triunfo em jogadas pelos lados do campo que resultaram diretamente em gol ou em escanteios que terminaram em bola na rede.
O Corinthians soube marcar bem os mais de dez escanteios do Bragantino, que costuma ir bem pelo alto, e fez o adversário provar do próprio veneno. Na etapa final, os donos da casa adotaram um posicionamento mais defensivo e controlaram as ações até os 44, quando finalmente erraram por cima e levaram um gol de cabeça de Guilherme Mattis.
Solução
rápida
O Corinthians facilitou a própria vida com um ótimo início. Se a ideia era
abrir o jogo pelos lados, isso foi bem feito em uma jogada pela direita entre
Bruno Henrique e Romarinho, que achou Renato Augusto na entrada da área, aos
três minutos. O meia pegou a bola no alto, de primeira, de chapa, e acertou o
canto esquerdo.
O Bragantino até esboçou um bom lance com Bruno Recife na esquerda, mas os donos da casa seguiram na frente. Com articulação efetiva de Renato Augusto, a movimentação dos três homens de frente, geralmente com Luciano e Romarinho abertos, era mais do que podiam suportar os visitantes.
Luciano teve chute perigoso desviado. Pouco depois, esteve perto de concluir jogada em que Romero aproveitou vacilo de Leonardo. Aos 14, tramou com Fábio Santos investida que resultou em escanteio pela esquerda. Renato Augusto bateu no segundo pau, e Ralf ganhou pelo alto para dar ao Corinthians a vantagem necessária para a classificação.
Cinco minutos depois, a vaga nas quartas de final estava praticamente decidida. Em mais uma chegada pela ponta, Romero recebeu na linha de fundo e conseguiu escanteio da direita, outro bem batido por Renato Augusto. Felipe subiu muito, cabeceou com força e marcou o terceiro.
Paulo César Gusmão tentou corrigir o Bragantino com Romário no lugar de Marcos Paulo e escapou de levar o quarto em nova parceria de Luciano com Fábio Santos. Romarinho recebeu o cruzamento e foi bem no calcanhar, mas a bola não entrou, apesar da comemoração precipitada de alguns torcedores em Itaquera.
Graça
no finalzinho
Depois de escapar de perder Romário, que levou só cartão amarelo por carrinho
por trás em Ralf nos acréscimos do primeiro tempo, o Bragantino teve de buscar
mais o ataque na etapa final. Léo Jaime voltou do intervalo no lugar de
Luisinho, e os primeiros minutos não tiveram nada digno de nota.
Cássio trabalhou efetivamente pela primeira vez aos 11 minutos, em chute de longe de Geandro. Com um posicionamento de marcação bem mais recuado, o Corinthians apostava nos contra-ataques, como no lance em que Romero acabou sendo travado por Guilherme Mattis.
Bem no ataque, Felipe deu um de seus sustos na defesa, mas Cesinha, livre na pequena área, errou o desvio. Mota foi a última aposta de Gusmão, e Mano Menezes acionou Jadson. Aos 25, o técnico corintiano promoveu o retorno de Petros, que manteve distância do árbitro Vinícius Furlan.
Na sequência, o muito aplaudido Renato Augusto deu lugar a Danilo, chamado para manter um pouco a bola nos pés dos anfitriões. Os minutos finais transcorriam sem maiores sustos até os 44, quando Guilherme Mattis marcou de cabeça e deixou o Bragantino a um gol da vaga. Não houve tempo para pressionar.