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Esporte

De ressaca, Santos vira presa fácil para o Figueira e tem faixa carimbada

Equipe catarinense, mais atenta, com Aloísio inspirado, envolve os santistas que parecem ainda inebriados pela conquista do tri da Taça Libertadores

Globo Esporte

30 de Junho de 2011 - 08:33

De ressaca, Santos vira presa fácil para o Figueira e tem faixa carimbada
Borges domina a bola diante de um atento Jo - Foto: Ag. Estado

Campeão da Taça Libertadores há uma semana, o Santos entrou em campo para enfrentar o Figueirense, nesta quarta-feira, no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis, pisando em nuvens, relaxado, fora do órbita. Era o primeiro compromisso da equipe paulista após o titulo histórico.

O Figueira, que não tem nada com isso, esteve focado, enquanto os santistas pareciam ainda estar festejando a vitória sobre o Peñarol, no Pacaembu. Resultado? O time catarinense fez 2 a 1, com dois gols de Aloísio (Rychely descontou), e carimbou a faixa do tricampeonato continental do Peixe, em jogo que valeu pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro.

Com o resultado, a equipe comandada por Muricy Ramalho, que tem dois jogos a menos, estaciona nos cinco pontos, em 16º lugar. Pode até entrar na zona de rebaixamento se o Coritiba vencer o Ceará nesta quinta-feira, em Curitiba. Já o Figueirense, com 13, retorna momentaneamente para o G-4.

Aloísio piora a ressaca santista

Sonolento, distante, talvez ainda inebriado pelo título da Taça Libertadores conquistado na quarta-feira passada, o Santos não foi páreo para o animado Figueirense no primeiro tempo. O time da casa, mais bem posicionado, mais concentrado, marcando muito bem, jogou o Peixe para trás. Abriu o placar logo na primeira investida, com Aloísio pegando rebote de Adriano, que não foi nem sombra daquele cão de guarda da defesa santista durante a Libertadores.

O Alvinegro paulista até conseguiu empatar o jogo, com Rychely aproveitando falha do zagueiro João Paulo, logo após o Figueira sair na frente. Mas ficou nisso. A reação não foi além do esboço. Durante o restante do primeiro tempo, o jogo foi todo disputado dentro do campo de ataque dos catarinenses, que ainda acertaram a trave, num chute de Maicon.

Enquanto o meio de campo do Figueirense, com Túlio, Maicon e Fernandes, envolvia facilmente o sistema defensivo santista, a zona de criação do time praiano esteve paralisada. Roger Gaúcho, substituto de Paulo Henrique Ganso, que está servindo à Seleção Brasileira, não foi visto em campo. Não à toa, acabou substituído por Felipe Anderson no intervalo. Danilo e Arouca tentavam tirar o time santista do aperto, mas ambos erravam muitos passes. Além de Ganso, o Peixe não teve Elano e Neymar, que também foram convocados por Mano Menezes. Sem o trio, o tricampeão continental se torna um time previsível, comum, apático até.

Com a bola nos pés e campo para jogar, o Figueira colocou justiça no placar ao marcar o segundo gol, novamente com Aloísio, em outro cochilo geral da defesa santista. Se as coisas não mudassem no segundo tempo, o Peixe corria risco de voltar para casa com a faixa carimbada por muitos gols.

Peixe melhora

O Santos voltou um pouco melhor para o segundo tempo, com Felipe Anderson mais efetivo que Roger, segurando a bola na frente. Só que a defesa continuava sonolenta, pesada. Toda bola na área do time paulista era perigo de gol. Os zagueiros Edu Dracena e Durval ficavam muito expostos, já que os dois alas, Pará e Alex Sandro eram facilmente batidos. Adriano e Arouca corriam atrás dos meias do Figueira sem jamais alcançá-los.

Assim, o jogo se tornou franco, com o Santos buscando apertar, mas o Figueirense levando perigo em suas respostas. Aos poucos, porém, os visitantes acertaram a marcação. Passaram a ter posse de bola e não deixaram mais o time da casa chegar com tanta facilidade. Faltava ao Peixe, porém, alguém que pudesse acertar o passe final. Faltava Ganso.

Como não conseguia segurar mais a bola em seu campo de ataque, o Santos passou a ser sufocado. No entanto, o Figueira, apesar das muitas chances que teve, não conseguiu matar o jogo e quase pagou caro por isso, pois Borges, numa cabeçada forte, andou perto de empatar.

Ficou nisso. O Santos, amortecido, precisa acordar logo. Já o Figueirense, após queda na rodada passada, quando foi goleado pelo Internacional (4 a 1), volta a subir novamente.