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Esporte

Enderson teme desmanche e diz que jejum "faz parte da magia do futebol"

Até funcionários do clube têm convivido com atrasos salariais. Com isso, é iminente a possibilidade do time perder alguns jogadores na próxima temporada

Gazeta Esportiva

28 de Novembro de 2014 - 15:41

O Santos chega para este fim de ano com a calculadora nas mãos. O clube segue buscando uma forma de honrar seus compromissos, mas a situação é bastante complicada. Já são quase três meses de atrasos em direitos de imagem e pouco menos de um mês na carteira. Até funcionários do clube têm convivido com atrasos salariais. Com isso, é iminente a possibilidade do time perder alguns jogadores na próxima temporada. E essa é a preocupação de Enderson Moreira.

“Independente de qualquer situação, temos jogadores de alto nível, de grande capacidade. Difícil fazer projeções sobre o que vai acontecer. Aguardamos a definição o quanto antes para que possamos, dentro das observações feitas, colocar a minha visão sobre o que acho interessante. E o clube tem que estar atendo ao que precisa fazer fora das quatro linhas para ter saúde financeira”, disse o treinador, admitindo um clima interno de incertezas.

“Em momentos de dificuldade, cria-se um clima de instabilidade. É importante buscar soluções, de preferência sem abrir mão de jogadores de grande capacidade técnica”, reiterou.

Sem a possibilidade de antecipar o planejamento para 2015 em função da eleição presidencial de 6 de dezembro, Enderson Moreira, por ora, tem a missão de acabar com o jejum de vitórias do time. Questionado sobre a incômoda situação de não vencer há nove jogos, o técnico minimizou o fato.

“Isso faz parte da magia do futebol. Às vezes joga bem, mas acaba não acontecendo. A gente vê situações em que equipe constrói, cria, mas o adversário, em bola que ia chutar para fora, acaba entrando. Difícil explicar. São fases que tem de entender e lutar contra este momento”, explicou, antes de completar com uma analogia.

“Futebol tem na sua concepção coisa parecida com a bola. Tem hora que está para cima, hora para baixo. O Cruzeiro mesmo não conseguiu produzir o que tem capacidade para fazer. Lutamos muito para que possa mudar o quanto antes. Vamos continuar”, avisou o treinador, que tem contrato com o Santos para o ano que vem, mas já admitiu não tem garantias de permanência antes do resultado das urnas.