Esporte
Fabi dribla saudade da seleção e mira décimo título do Rio na Superliga
Desde junho, quando anunciou o fim de sua trajetória na equipe nacional, a líbero tem procurado ocupar a lacuna deixada após a decisão
GloboEsporte
01 de Novembro de 2014 - 09:49
De uma hora para a outra a saudade que parecia sob controle resolveu apertar o peito. Fabi sentiu a falta de estar ao lado das ex-companheiras de seleção após a derrota para os Estados Unidos, na semifinal do Mundial da Itália. Sofreu à distância, falou com elas assim que pôde e gostou de ver a reação do grupo, que voltou à quadra e conquistou a medalha de bronze. Desde junho, quando anunciou o fim de sua trajetória na equipe nacional, a líbero tem procurado ocupar a lacuna deixada após a decisão. Aceitou o desafio de ser comentarista, tem feito aulas de inglês e vem tentando dar continuidade à faculdade de Administração. Segue firme e forte nos treinos do Rio de Janeiro, onde tem podido matar a saudade de atuar ao lado de algumas jogadoras dos tempos em que vestia a camisa do Brasil. Além de Fofão, estão lá Natália e Gabi.
- É sempre bom estar com elas. Eu tenho saudade dos bons momentos. Mas naquele jogo contra as americanas eu senti muito isso. A gente sabe o quanto é difícil passar por um momento como aquele. Ali são criados laços fortes. Eu me emocionei ao vê-las se abraçando... O time estava jogando um vôlei redondinho e podia chegar à decisão. Perdeu uma única partida e ficou fora. Sei a dificuldade de voltar para disputar um bronze após a derrota, mas elas sabiam que era importante estar naquele pódio.
Aos 34 anos, a bicampeã olímpica diz estar com fôlego de sobra para a sua 10ª temporada defendendo o Rio de Janeiro na Superliga. Sonha com o decacampeonato e em contribuir para que Fofão tenha a despedida com o final feliz que merece. Vem acompanhando com o olhar atento o dia a dia da levantadora que em 2015 deixará as quadras. Quer tirar proveito da experiência para estar preparada quando chegar a sua vez.
- Eu não sei como vai ser quando eu acordar um dia e falar: "Não vai ser isso que vou fazer mais". Acho que ainda está cedo, mas sei que não conseguirei chegar jogando até os 45, como Fofão (risos). Imagina mais 10 anos de vôlei?! Eu tenho mais esta temporada aqui e acho que seria muito significativo ganhar a Superliga de novo. A temporada vai ser dura, difícil, e o ingrediente principal vai ser a Fofão. Eu pensei que ela fosse parar na edição passada, mas está aqui novamente, firme. A gente vai querer que ela tenha uma despedida épica.
Do elenco que foi campeão na edição 2013/2014, cinco peças foram mudadas. Saíram Sarah Pavan, Brankica Mihajlovic, Valeskinha, Natasha e Fran. Chegaram Andréia Laurence, Natália, Mayhara, Paula e Giovana. As características mudaram. O time deverá jogar com mais velocidade.
- As referências mudaram muito. A gente tinha a Sarah e a Brankica. Agora vamos ter a Natália, que sabe como o time funciona e que está motivada nesta volta. A base foi mantida, o que é bom para que possamos ter uma adaptação mais rápida com quem está chegando. Isso tem sido o segredo durante todo esse tempo.
O primeiro jogo do Rio de Janeiro na Superliga será contra o Rio do Sul, no dia 7 de novembro, às 21h30, no ginásio do Tijuca. No início desta semana, Fabi e suas companheiras já ergueram o troféu do Estadual.