Esporte
Lenda do boxe, Joe Frazier morre de câncer de fígado aos 67 anos
Agência EFE
08 de Novembro de 2011 - 08:03
O ex-campeão mundial dos pesos pesados e membro do Salão da Fama do Boxe, Joe "Smokin" Frazier, morreu na noite dessa segunda-feira na Filadélfia aos 67 anos, em consequência de um câncer de fígado, diagnosticado há apenas um mês.
Um comunicado divulgado pela família confirmou que Frazier faleceu em um asilo onde estava internado depois que os médicos não lhe deram nenhuma esperança de sobrevivência. Frazier foi o primeiro boxeador a vencer o ainda mais lendário Muhammad Ali, em 1971.
Antes de descobrir o câncer, Frazier levava vida normal, com aparições regulares para dar autógrafos. A última vez que foi visto em público foi em setembro, em Las Vegas.
"Smokin" Joe, apesar de ser um pugilista baixo para os pesos pesados, compensou a falta de estatura com uma ferocidade que impressionava seus rivais. Além disso, Frazier possuía um devastador gancho de esquerda que utilizava para terminar a maioria das lutas que ganhou nos primeiros assaltos.
Foi exatamente o temível gancho de esquerda levou Ali à lona no décimo quinto assalto da luta que ambos disputaram no lendário Madison Square Garden, em Nova York, em 1971.
A queda de Ali permitiu a Frazier comemorar a vitória de uma luta que foi considerada como o "Combate do Século". No entanto, Ali venceu os outros dois desafios entre os dois pugilistas. Aliás, a presença de Ali fez com que a figura de Frazier sempre ficasse em um segundo plano, algo que nunca agradou o ex-campeão mundial.
Frazier soube da doença no mês passado e se internou várias vezes em um hospital da Filadélfia. Até que na semana passada, já sem nenhuma esperança de superar o câncer, decidiu permanecer em um centro especializado para que passasse seus últimos dias sem dor.
O pugilista ganhou o título de campeão do mundo dos pesos pesados em 1970 ao vencer por nocaute Jimmy Ellis no quinto assalto. "Smokin" Joe defendeu quatro vezes com sucesso o título até que foi finalmente vencido por George Foreman, em 1973.