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Marcelo Grohe pega pênalti no fim e segura o 0 a 0 entre Figueira e Grêmio
Satisfeito com o empate inicial, Julinho Camargo desde o início posicionou o Grêmio com estratégia defensiva.
Globo Esporte
21 de Julho de 2011 - 09:23
O cronômetro parecia estar com as baterias fracas, demorando a fazer o tempo passar, tamanha a sonolência provocada pela partida desta noite de quarta-feira, no Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis. Pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro, Figueirense e Grêmio empataram em 0 a 0, com vasto repertório de erros - incluindo uma cobrança de pênalti, no minuto final, desperdiçada por Elias - Marcelo Grohe defendeu com os pés.
Com o resultado, o Figueirense chega a 15 pontos, na 9ª colocação. O Grêmio é o 13º, com 12 pontos. Às 18h30m de sábado o Figueirense volta a jogar, contra o América-MG, fora de casa. Na quarta-feira seguinte o Grêmio recebe o mesmo América-MG, em partida antecipada da 12ª rodada - Tricolor folga no final de semana porque o confronto com o Santos foi transferido para o dia 5 de outubro.
Em vez do boné, da camiseta e do pacote de amendoim, os torcedores de Figueirense e Grêmio poderiam ter levado ao Orlando Scarpelli travesseiro, pijama e cobertor. Foi um catalisador de bocejos o primeiro tempo que defrontou uma equipe interessada, mas com limitações técnicas, e outra obstinada em não jogar, nem deixar jogar.
No 4-4-2 com meio-campo em losango, o Figueirense mostrou-se organizado. Melhor anfitrião do Campeonato Brasileiro, até então com 13 dos seus 14 pontos conquistados em casa, o time treinado por Jorginho teve maior posse de bola e ambição ofensiva. Mas não conseguiu êxito em 11 conclusões. O predomíno territorial esbarrava nos erros dos jogadores na hora de finalizar.
Satisfeito com o empate inicial, Julinho Camargo desde o início posicionou o Grêmio com estratégia defensiva. Apenas bloqueando espaços, os tricolores entregaram Douglas à orfandade, alijando o camisa 10 de qualquer opção de passe no campo de ataque.
Mais bocejos
Apesar de retornar imaculado do vestiário, o time do Grêmio foi alterado logo nos primeiros minutos da etapa final. Julinho Camargo já havia proposto uma variação tática, configurando o mesmo 4-4-2 em losango do Figueirense, e do seu antecessor Renato Gaúcho. Em seguida, improvisou Lúcio no meio-campo - também a exemplo do ex-técnico tricolor - e Miralles, cujo nome tinha sido gritado pelos quase quatro mil gremistas presentes.
Jorginho também fez mudanças. Primeiro com Wellington, devido a uma lesão acusada por Aloísio; depois, mandou a campo o estreante Elias; e teve tempo ainda para Heber entrar. Mas o principal problema persistiu: maior posse de bola, alto número de conclusões, e péssima pontaria.
Com tantos erros nas conclusões e nos passes - foram mais de 60 equívocos neste fundamento, somadas as duas equipes - Figueirense e Grêmio fizeram notar no cronômetro de andar arrastado uma ausência importante: o despertador. Mas aos 44, Gilberto Silva acordou o estádio, derrubando Wellington. Na cobrança, o estreante Elias bateu, e Marcelo Grohe defendeu. E o placar voltou a dormir, inalterado.