Esporte
Mercedes espera "ânimos acalmarem" para decidir sobre Rosberg x Hamilton
Após ser ultrapassado por Hamilton na largada em Spa-Francorchamps, Rosberg tentou retomar a liderança na 2 volta, mas forçou a barra e acabou tocando no companheiro de equipe
Globo Esporte
25 de Agosto de 2014 - 07:52
Depois do incidente entre Nico Rosberg e Lewis Hamilton no GP da Bélgica deste domingo, o clima dentro da Mercedes está pegando fogo. E a cúpula do time prefere esperar um pouco para decidir como tentará domar a dupla. Tempo para que os ânimos dos pilotos acalmem e para que a própria direção da equipe pense com mais calma no melhor caminho a tomar.
"Nós vamos decidir quando todo mundo estiver em com a cabeça mais fria, mais calma. Não haverá uma reação instintiva. Acho que seria errado, minutos depois do fim da corrida dizer é isso que faremos. Muita coisa já foi discutida já, mas em uma hora você não chega com uma estratégia inteligente que será boa o suficiente" disse o chefe do time, Toto Wolff.
Após ser ultrapassado por Hamilton na largada em Spa-Francorchamps, Rosberg tentou retomar a liderança na segunda volta, mas forçou a barra e acabou tocando no companheiro de equipe. O choque danificou parte do bico de seu carro e furou o pneu do rival. Nico ainda se recuperou e chegou em segundo, atrás do vencedor Daniel Ricciardo, da RBR. Já Lewis não conseguiu reagir e abandonou a cinco voltas do fim, quando estava em 16º.
A cúpula do time se reuniu com os pilotos após a corrida e Hamilton saiu do encontro afirmando que Nico teria admitido que bateu de propósito. Wolff, que considerou o risco assumido pelo alemão como "inaceitável", no entanto, disse que as declarações de Rosberg foram mal interpretadas pelo britânico. A direção de prova, que considerou o incidente como lance de corrida, não deve abrir investigações sobre o episódio. Já a própria Mercedes não descarta alguma punição a Mercedes, apesar de Hamilton acreditar que o alemão passará impune:
"Se o Lewis acha que isso renderá apenas uma "palmada na mão", e que não haverá consequências (para Rosberg), ele não está ciente das consequências que poderemos implementar. Neste domingo nós vimos o limite das "palmadas na mão". E talvez "palmadas na mão" não sejam suficientes" - continuou.
Perguntando se a equipe poderá passar a usar ordens de equipe daqui para frente, para evitar surpresas desagradáveis em um campeonato que tem tudo para ficar nas mãos da Mercedes, o dirigente preferiu não confirmar:
"Isso está para ser decidido. Se realmente precisamos fazer isso, será decepcionante para todos nós, mas precisamos tomar ciência de toda a situação. Estou muito desapontado com o que aconteceu. Não pelo fato que os dois carros bateram um no outro, mas porque havíamos definido regras e as quebramos. Obviamente, temos as ferramentas para interferir, mas este não é o caminho certo. Temos que sentar com eles para que sejam parte da discussão sobre como evitar que isso aconteça novamente" completou.