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Esporte

Richarlison se destaca entre os titulares da Seleção Brasileira como o 9 de Tite

CNN Brasil

05 de Dezembro de 2022 - 10:46

Richarlison se destaca entre os titulares da Seleção Brasileira como o 9 de Tite
Richarlison comemora gol do Brasil contra a Sérvia pela Copa do Mundo no Catar imitando um pomboLucas Figueiredo/CBF.

A volta de Neymar, confirmado entre os titulares pelo técnico Tite para o duelo com a Coreia do Sul hoje, às 16h (horário de Brasília), pelas oitavas de final do Copa do Mundo do Catar, deixa a Seleção Brasileira mais criativa e potencializa o futebol de um jogador em especial: Richarlison.

Revelado pelo América-MG, contratado pelo Fluminense e vendido para o Watford, Richarlison teve grandes atuações no Campeonato Inglês, que o fizeram ser cobiçado pelos grandes clubes do país. Primeiro, foi negociado com o Everton, onde permaneceu por três temporadas. No início da temporada 2022-2023, ele foi anunciado pelo Tottenham, onde chegou com status alto e para ser companheiro de jogadores como os atacantes Harry Kane e Son.

O camisa 9 foi às redes duas vezes na partida de estreia, contra a Sérvia, e é o artilheiro do Brasil no Mundial catariano. Ele se destaca em meio ao baixo resultado ofensivo do Brasil, o menos efetivo entre todos as 16 seleções classificadas às oitavas de final.

O time de Tite terminou a fase de grupos com apenas três gols, o pior ataque da Seleção numa primeira fase de Copa desde o Mundial de 1978, quando balançou as redes apenas duas vezes no torneio disputado na Argentina.

A equipe atual da Seleção Brasileira finaliza muito. Foram 51 conclusões nos três primeiros jogos, mas tem encontrado dificuldade para marcar. Só contra Camarões foram 21 chutes, sete deles ao gol.

Para mudar esse cenário, Richarlison conta de novo com o parceiro Neymar, recuperado de lesão no tornozelo direito. “Todos viram a falta que ele fez nesses últimos jogos. Com a volta dele, meu papel na frente melhora, toda a equipe melhora”, avaliou o “Pombo”.

“Neymar é o Neymar. Querendo ou não, ele puxa a marcação ali na frente e abre espaço para a gente. Faz muita diferença. Faz falta para mim, que sou o camisa 9. Preciso dele para abrir espaços”, acrescentou.

O centroavante é o maior goleador da Seleção nesse ciclo que termina no Catar. São 19 gols em 40 jogos. Os dois que ele marcou no Mundial tiveram participação do camisa 10. Ele iniciou ambas as jogadas, que também envolveram o outro atacante do Brasil, Vini Jr.

A Seleção Brasileira tem encontrado dificuldade, sobretudo no primeiro tempo das partidas. Os três gols marcados na primeira fase saíram apenas nas etapas finais dos jogos contra a Sérvia e Suíça – 2 a 0 e 1 a 0, respectivamente. “As equipes que jogam fechadas acabam cansando muito mais no segundo tempo, e isso facilita para a gente”, argumentou Richarlison.

O capixaba faz a avaliação de que a derrota para Camarões, sofrida quando Tite resolveu mandar os reservas a campo, aconteceu no momento certo, em que era possível perder, uma vez que a Seleção já estava antecipadamente classificada.

“Não pode ter erro, agora é mata-mata e vamos estar focados”, afirmou.

O 9 de Tite

Ainda que não tenha o mesmo prestígio que titulares de longa data na Seleção Brasileira, Richarlison era nome certo para esta Copa do Mundo desde o início do ano. Isso porque ele reúne características muito apreciadas por Tite e sua comissão técnica

A principal delas é dupla função ofensiva. Com Vinicius Júnior pela esquerda e Raphinha na direita, Richarlison começou o Mundial do Catar como jogador de área, mas é capaz de jogar também pelo lado direito do ataque da Seleção.

Dentre os nove atacantes convocados, somente Gabriel Jesus era opção semelhante. Não é mais porque foi cortado por lesão no joelho. Pedro, o outro centroavante, tem outras características. É um camisa 9 “tradicional”, mais técnico, mas menos móvel.

Richarlison é titular em um dos setores mais concorridos da Seleção – e já era assim antes mesmo de sair a convocação. “Eu tinha seis, sete “noves” para convocar, e qualquer um que eu convocasse estaria bem. Vieram Pedro, Richarlison e Gabriel Jesus. Podiam ter vindo Gabriel Barbosa, Firmino, Cunha, Hulk… Nós temos um manancial e temos que escolher”, considerou Tite após o jogo diante da Sérvia, na primeira fase.

“Pelas virtudes e características, eu queria um pivô, e quando a equipe joga baixo, é Pedro, da última bola. Na movimentação e pressão, é o Gabriel Jesus. De finalizador é o Richarlison. Ele é da função específica”, disse o técnico.

O atacante espera encontrar uma barreira sul-coreana que terá de transpor, repetindo o que enfrentou diante de sérvios e suíços. Nas oitavas de final, vai rever seu companheiro Son, astro do Tottenham e craque do time asiático. É chamado de “Neymar da Coreia” em seu país.

“O Son é um grande jogador, trabalho com ele no clube, sei da qualidade dele. Por isso vamos entrar ligados e neutralizar os pontos fortes deles. É uma equipe que é agressiva, forte, não pode ter erro”, disse o atacante do Tottenham.

Hoje, Richarlison entra em campo para enfrentar o amigo sul-coreano na luta por uma classificação para as quartas de final. É hora de o “Pombo” mostrar que pode voar mais alto na Copa do Catar do que os velozes rivais do oriente.

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