Esporte
Ronaldinho mantém mistério sobre futuro, mas já está fora do Milan
A parte financeira fica entre meu empresário e o clube
Gazeta Esportiva
06 de Janeiro de 2011 - 17:00
A coletiva de imprensa no hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, não definiu o futuro de Ronaldinho Gaúcho. No entanto, ela foi a confirmação de que o Milan já liberou o jogador para negociar com outros clubes, e agora o craque vai decidir entre Flamengo, Grêmio e Palmeiras, e deve anunciar sua decisão até terça ou quarta-feira da semana que vem.
O vice-presidente do clube italiano, Adriano Galliani, informou que o contrato entre as duas partes continua valendo, mas o Milan aceitou a decisão do jogador de sair da Itália. A partir de agora, Gaúcho vai escolher seu destino e comunicar o time do presidente Silvio Berlusconi. O Brasil é a prioridade, embora também haja interesse do Blackburn (ING) e do Fenerbahce (TUR).
Para o irmão e procurador do jogador, Roberto Assis, o mais difícil do projeto de retorno ao Brasil era convencer o Milan de facilitar a liberação. A permanência de Adriano Galliani no Brasil até o fim da negociação é um indicativo forte de que o rossonero não vai impor problemas.
"O contrato com o Milan não foi rescindido e eles serão parte importante para decidir o futuro dele. A decisão será nossa e deles. O clube sempre passou palavras de tranquilidade e é maravilhoso ele aceitar a decisão de Ronaldinho. Conversamos durante um bom tempo e procuramos entender os desejos do Milan", afirmou o agente.
Assis ainda ressalta que não conversou com ninguém do Corinthians, e que o acordo com o Milan não vale para clubes italianos. Sendo assim, o interesse da Inter de Milão, do técnico brasileiro Leonardo, está definitivamente descartado. "Chegamos a um consenso de que Ronaldo está livre para negociar com algum time brasileiro, mas não poderá jogar em um clube italiano", confirmou.
Livre para decidir o futuro de seu irmão, o agente avisa que a decisão não será fácil de tomar e que depende bastante da disponibilidade dos clubes. "É muito difícil para o atleta tomar uma decisão desse nível. Tem a carreira, a seleção brasileira, o Mundial (do Brasil, em 2014). É importante para ele e para o Brasil. Espero que ele tome a melhor decisão", ressaltou.
Ronaldinho chegou ao Milan em 2008 e disputou 95 jogos, marcando 26 gols e assistindo outros 29. Na coletiva, Galliani destacou o tento marcado contra a Inter de Milão, em setembro de 2008, que deu a vitória ao rossonero, como o mais importante de passagem do craque pela Itália.
"Tudo o que aconteceu até aqui é porque cheguei a um acordo com o Milan. Agora estou livre para dar continuidade à minha vida no Brasil. O tempo que fiquei no Milan foi maravilhoso. Eu me sinto da família e agradeço aos torcedores, Galiani e Berlusconi por tudo que fizeram, e ainda fazem por mim. Essa reunião mostra que estou de acordo com o Milan e a partir de agora posso dar seguimento ao que acontece no Brasil", comemorou Ronaldinho.
Sobre os três clubes com chances de contratá-lo, Ronaldinho foi político e ressaltou pontos positivos a favor de todos eles. "Meu irmão já conversava com alguns clubes. Minha preferência é complicada. O Palmeiras tem o Felipão, tenho muitos amigos no Grêmio, minha vida é lá, e o Flamengo tem grande torcida, grande força", ponderou.
"Quero jogar futebol, sem preferências. A parte financeira fica entre meu empresário e o clube. Se eu puder ganhar bem, morar em uma boa cidade e jogar campeonatos importantes, ótimo, e isso é possível no Brasil", completou.