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Cão farejador de MS parte para o Rio Grande do Sul em busca de desaparecidos
Conforme a Defesa Civil do RS, ao todo, 127 pessoas estão desaparecidas.
Campo Grande News
13 de Maio de 2024 - 08:37
A equipe de busca e resgate de vítimas do 1° GBM (Grupamento de Bombeiros Militares) de Mato Grosso do Sul segue rumo ao município de Encantado, no Rio Grande do Sul, na manhã desta segunda-feira (13). Foram selecionados três militares e a cadela Lika, de 5 anos, da raça Pastor Holandês.
Conforme explica a soldado Jéssica, eles vão atuar em locais que não tem mais enchente e, sim, em áreas deslizadas. Além dela, também vão ir os soldados Thiago Kalunga e Humberto Nunes.
“No Rio Grande do Sul vamos estar atuando diretamente na parte de pessoas desaparecidas mesmo. A Lika é certificada tanto na busca rural, busca urbana, deslizamentos, para tanto pessoas vivas como pessoas mortas”, explicou. O cão vai viajar na cabine com peitoral e cinto de segurança.
Antes da viagem, Lika foi treinada e fez todos os exames com a veterinária, incluindo check-up para saber se está em boas condições de viajar. Além disso, a equipe também vai levar água, alimento, barraca e outros materiais suficientes para permanecer lá por 14 dias.
“A expectativa é dar o nosso melhor, trabalhar da melhor forma possível e poder dar o acalento para as pessoas que estão na busca pelos seus entes desaparecidos e a gente conseguir dar essa resposta”, finalizou Jessica.
Rio Grande do Sul já decretou situação de calamidade pública devido às inundações pela chuva, que começou no dia 27 de abril e já ultrapassou o esperado para o ano inteiro. Foram afetados 447 municípios.
Conforme dados da Defesa Civil do Estado, até às 9h de hoje, foram registrados 147 óbitos; 127 desaparecidos; 806 feridos. Além disso, 80.826 pessoas estão em abrigos; 538.247 desalojados; e 2.115.703 pessoas afetadas. De acordo com o tenente coronel Fábio Pereira de Lima, ao todo, 17 militares de Mato Grosso do Sul já foram até o estado Gaúcho trabalhar no salvamento de pessoas.
Outras operações – Já os militares de resgate já foram acionados para tragédias em Brumadinhos; em Petrópolis; e agora no Rio Grande do Sul.
“A presença e o emprego do cão de busca e resgate faz com que aumente as chances de localização e precisão das vítimas que estão desaparecidas, pois o potencial do cão em seu olfato aguçado e o treinamento realizado pela corporação através dos seus condutores e figurantes, faz com que o cão tenha uma precisão de onde se encontrar a vítima”, pontuou Fábio. Ainda de acordo com o tenente coronel, o cão vai marcar os locais e, com isso, serão aprofundados as buscas e escavações, se for o caso.