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Gerson anuncia comissão da ALEMS para negociar acordo entre governo e policiais
O presidente da Assembleia comentou que a reivindicação da categoria é legítima, mas disse que a população não pode ter o serviço comprometido.
Redação/Região News
29 de Agosto de 2024 - 14:51
O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado Gerson Claro (PP), afirmou que criará uma comissão para intermediar um acordo entre policiais civis e o Governo do Estado. O presidente da Assembleia comentou que a reivindicação da categoria é legítima, mas pontuou que a população não pode ter o serviço comprometido.
Gerson disse que vai pedir um voto de confiança dos policiais para que interrompam a “Operação Cumpra-se a Lei” enquanto fazem essa discussão com o governo. A comissão será montada após uma reunião entre lideranças da Assembleia.
Os policiais realizam um protesto na manhã desta quinta-feira, reivindicando a incorporação do chamado “vale coxinha” e mais 18% em três parcelas, além do reajuste geral anual. Eles não aceitam a proposta do governo de apenas incorporar o vale coxinha.
A categoria reduziu a atividade e atua no modo “cumpra-se a lei”, em protesto para que o governo atenda às reivindicações.
No modo “cumpra-se a lei”, se uma viatura estiver com pneu careca, a equipe não sai; se o delegado não estiver na recepção para tipificar o boletim de ocorrência (o que é obrigação deles, mas realizado pelos policiais), o serviço também não é realizado; se não estiver junto com a testemunha ou autor na oitiva, também não será ouvido, o que deve dificultar muito o andamento dos trabalhos. A categoria ameaça paralisar as atividades por 12 horas se não conseguir que as reivindicações feitas ao Governo do Estado sejam atendidas.
“Estão nos empurrando para isso. Quem está prejudicando a sociedade não somos nós. Redução salarial, não vamos aceitar”, declarou o presidente do Simpol, Alexandre Barbosa.
Os policiais ficarão em frente à Assembleia Legislativa durante todo o dia. Durante a manifestação, reclamam de hora extra, de ficarem de sobreaviso por até 30 dias e cobram até adicional de fronteira. “Preferem valorizar quem está no ar-condicionado do que quem está na luta”, complementou o presidente do sindicato.
A paralisação acontecerá se os servidores não tiverem retorno das reivindicações após reunião com a comissão e o governo, programada para a próxima semana. Os policiais solicitam a incorporação do chamado “vale coxinha” e mais 18% em três parcelas, além do reajuste geral anual.
O sindicato afirma que essa proposta já era rejeitada pela metade dos servidores, mas a situação ficou ainda pior depois que o governo propôs apenas a incorporação do vale coxinha, com promessa de conversar sobre o reajuste nos próximos anos.