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Índios pressionam, portaria é revogada, mas protestos contra PEC 241 continuam

Protesto fechou BR-262, por 4 horas, nesta quinta-feira.

Midiamax

27 de Outubro de 2016 - 15:00

Após protestos e fechamento de rodovias, em diversas regiões do país, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, revogou nesta quarta-feira (26), a portaria 1907, publicada no último dia 17 e a 2141, publicada na terça-feira (25), conforme publicação da Folha de São Paulo. Ambas mudavam o sistema de atendimento à saúde indígena. As mobilizações continuam, mas agora, contra a PEC 241.

Na manhã desta quinta-feira (27), índios e trabalhadores rurais do polo de Miranda, a 190 quilômetros de Campo Grande, fecharam a BR-262, por quatro horas, em um protesto pacífico. A mobilização foi acompanhada por militares do Exército.

Antes da revogação das portarias, três protestos ocorreram em Mato Grosso do Sul, nos polos de Miranda, Caarapó e Dourados.

Conforme a Folha de S. Paulo, o ministro alegou que tentava mudar o sistema, para conter gastos. Ele chegou a afirmar a um grupo de índios, que os recursos da Sesai eram mal utilizados.

A Sesai tem um orçamento total de R$ 1,43 bilhão para o ano de 2016 e uma previsão orçamentária de R$ 1,45 bilhão para o ano que vem. Ainda conforme a Folha, boa parte desses recursos é destinada a três organização não governamentais que são contratadas para ajudar a colocar em prática o sistema de atendimento à saúde, incluindo contratação e gestão pessoal: Missão Caiuá, com R$ 497 milhões em 2016, IMIP (R$ 132 milhões) e SPDM (R$ 143 milhões).

Em nota, o Cimi (Conselho Indigenista Missionário) informou que os protestos em todo o país nesta quarta-feira reuniram cerca de 11 mil índios.