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Marido que mantinha grávida em situação de escravidão já foi preso duas vezes
Por violência doméstica.
Midiamax
29 de Novembro de 2016 - 08:56
Paranaense de 32 anos, que morava em Cafelândia com o marido de 21 anos, fugiu para Mato Grosso do Sul e recebe acompanhamento psicológico e assistência social. No início ele era uma pessoa carinhosa e dedicada, disse a vítima à polícia depois de ser mantida em cárcere privado e em situação de escravidão pelo rapaz.
De acordo com o delegado que cuida do caso em MS, as investigações serão feitas pela polícia de Cafelândia, onde o agressor mora e onde os crimes teriam ocorrido. No entanto, a vítima recebe tratamento psicológico e assistência social. Ela está grávida e fugiu com os filhos, mas mesmo longe afirma que continua recebendo ameaças do marido.
Ainda segundo a polícia, o rapaz de 21 anos já foi preso duas vezes no Paraná por violência doméstica. Ele teve prisão temporária. A vítima deve ser ouvida novamente pelo delegado e aguarda as medidas protetivas que já foram solicitadas ao Poder Judiciário.
Ameaças e cárcere
A denúncia da vítima foi registrada na delegacia. Ela contou que com o passar do tempo, o companheiro se mostrou uma pessoa de comportamento agressivo e chegou a bater na mulher várias vezes, a ponto de ameaçá-la de morte com uma faca no pescoço.
A vítima também disse que foi mantida em cativeiro pelo marido, que a obrigava a trabalhar em situação de escravidão. Ela era proibida de falar com qualquer pessoa, até mesmo com a mãe. O rapaz de 21 anos contava para a vítima como ele agredia a ex-mulher, crime pelo qual chegou a ser preso.
Quando o marido saiu para trabalhar, a vítima conseguiu fugir levando os filhos. Mesmo longe, disse que recebe ligações do agressor, ordenando que ela mate o bebê, porque não quer pagar pensão, e que se ela não fizer isso ele irá atrás dela para matá-la. O caso é tratado como ameaça, qualificada por violência doméstica.