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Geral

Para Reinaldo, governabilidade vale mais que partido na Assembleia

O governo já se manifestou contrário ao embate para disputar voto a voto a chefia do Legislativo.

Campo Grande News

26 de Novembro de 2016 - 11:00

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) afirmou, neste sábado (26), que o mais importante na eleição da mesa diretora da Assembleia Legislativa em janeiro é manter a governabilidade. Os tucanos ventilaram o nome do deputado estadual Beto Pereira (PSDB) para substituir Junior Mochi (PMDB), que demonstrou interesse em continuar no cargo.

“Nesses dois anos tivemos uma tranquilidade, praticamente nenhum problema. A questão [de o presidente] ser do partido não tem uma importância. É muito mais uma questão interna deles”, afirmou durante o 5° Circuito de Caminhadas do Servidor, realizado no Parque dos Poderes.

O governo já se manifestou contrário ao embate para disputar voto a voto a chefia do Legislativo. “A diretriz que eu dei ao governo e à Casa Civil é que busque o consenso como nós estamos fazendo na Câmara Municipal de Campo Grande”, afirmou.

Em entrevista exclusiva ao Campo Grande News na sexta-feira (25), o secretário estadual da Casa Civil, Sérgio de Paula, disse estar conversando com Mochi e os líderes dos blocos que os tucanos fazem parte, deputado Beto Pereira e Eduardo Rocha (PMDB), e o primeiro-secretário, Zé Teixeira (DEM). “Estamos procurando que a casa tenha um consenso”, afirma.

Para o secretário, o apoio do Legislativo Estadual foi de extrema importância para garantir a governabilidade nos dois primeiros anos do governo.

“Existe uma harmonia muito grande entre a Casa Civil e a Assembleia. Quem montou a presidência e a primeira secretaria que tem hoje no parlamento foi o governo. Nós conversamos com o partido e montamos. Então, novamente estamos conversando para montar a mesa e muito pontualmente, quem vota são os deputados”.

O governador, segundo Sérgio de Paula, quer que esse consenso seja definido até a próxima terça-feira (29). Assim que ele chegar de Brasília, deve começar a ajudar nas articulações.

“Nunca dentro do governo houve a palavra disputa”, afirma o secretário. “Se buscarmos um consenso e todos ficarem satisfeitos, isso é muito importante”.

Caso as conversas rumem pela manutenção de Mochi à frente da Casa, o PSDB também fará questão de manter a vice-presidência, hoje exercida pelo deputado Onevan de Matos (PSDB). “Os partidos vão buscar maior fortalecimento dentro da casa, isso é natural e também é natural que o PSDB também busque, mas o nosso partido não vai buscar disputa”, conclui.