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Trecho da BR-163 destruído por água de barragem ficará em obras por 15 dias

Parte da rodovia cedeu e uma cratera de vários metros foi aberta ao lado da pista; trânsito no local está lento.

Folha de Campo Grande

21 de Agosto de 2024 - 14:06

Trecho da BR-163 destruído por água de barragem ficará em obras por 15 dias
BR-163 vista de cima na manhã de quarta-feira (21. Foto: Ariovaldo Dantas

As obras para manutenção da BR-163, na altura do quilômetro 500 – no limite de Jaraguari e Campo Grande – deve durar, pelo menos, 15 dias. O trecho foi atingido pela água da represa do loteamento Nasa Park, que rompeu na manhã dessa terça-feira (20) e causou um rastro de destruição na região.

Mostram os danos causados pela água: parte da rodovia cedeu e uma cratera de vários metros foi aberta ao lado da pista. Ainda assim, o fluxo de veículos é feito pela única pista intacta, no esquema “pare e sigo”. Por isso, uma grande fila de veículos se forma nos dois sentidos da rodovia e o trânsito flui lentamente.

Os motoristas que precisam passar pela região vão precisar ter calma, isso porque o trânsito na principal rodovia de Mato Grosso do Sul só deve ser restabelecido em 15 dias. A informação foi divulgada pela CCR MSVia, que desde as primeiras horas do dia, trabalha com máquinas na região na criação de acessos para facilitar as obras.

Nesta quarta-feira, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) recomendou que os motoristas saiam com antecedência e aguardem na “pare e siga”, pois o melhor caminho ainda é pela BR-163.

Rompimento da barragem

A barragem do Nasa Park rompeu por volta das 9 horas nessa terça-feira. A força da água invadiu casas, arrastou carros e destruiu parte da rodovia. Alguns moradores perderam tudo que tinham, escaparam da tragédia apenas a roupa do corpo.

Em nota, a administração da Nasa Park garantiu que “oferece todo o suporte necessário e trabalha para resolver a situação com a maior agilidade possível”. Também informou que engenheiros especializados realizam estudos para determinar o que causou o rompimento.

A Nasa ainda garantiu que operava com todas as normas e regulamentos vigentes, mas para a reportagem, o Corpo de Bombeiros e o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) a represa estava irregular, não estava cadastrado como usuário de recursos hídricos, como é exigido pela legislação estadual e nem seguia os requisitos de segurança.

As constatações devem ser enviadas Ministério Público para que sejam tomadas as medidas legais, tanto civis quanto criminais.