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Internacional

Ameba comedora de cérebro provoca mais uma morte

Infecção já foi causa do óbito de um menino de dois anos em Nevada e de um morador da Flórida neste ano.

CNN Brasil

30 de Julho de 2023 - 17:53

Ameba comedora de cérebro provoca mais uma morte
Representação gráfica da ameba "comedora de cérebro", Naegleria fowleri. Foto: Kateryna Kon/Science Photo Library/Getty Images

Um morador da Geórgia, nos Estados Unidos, morreu de uma rara infecção por ameba comedora de cérebro, disse o Departamento de Saúde Pública da Geórgia. A pessoa provavelmente foi infectada enquanto nadava em um lago ou lagoa de água doce, segundo avaliam as autoridades de saúde.

“Um morador da Geórgia morreu de infecção por Naegleria fowleri, uma infecção rara que destrói o tecido cerebral, causando inchaço cerebral e geralmente a morte”, disse o departamento de saúde em nota à imprensa na última sexta-feira (28).

“O indivíduo provavelmente foi infectado enquanto nadava em um lago ou lagoa de água doce na Geórgia”, afirmava o comunicado. Naegleria fowleri é uma ameba que vive no solo e em lagos quentes de água doce, rios, lagoas e fontes termais. Não é encontrada em água salgada, água potável devidamente tratada ou piscinas, segundo as autoridades do estado.

“Antes deste caso recém-confirmado de infecção por Naegleria fowleri, houve cinco outros casos relatados na Geórgia desde 1962”. De 1962 a 2021, apenas quatro em cada 154 pessoas nos Estados Unidos sobreviveram a uma infecção por ameba comedora de cérebro, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.

No início deste mês, a Divisão de Saúde Pública e Comportamental de Nevada disse que um menino de 2 anos morreu de uma infecção por ameba comedora de cérebro, provavelmente contraída em uma fonte termal natural.

Em fevereiro, autoridades da Flórida disseram que um morador morreu da ameba após uma lavagem nasal com água da torneira.  Os sinais e sintomas de infecção são inicialmente fortes dores de cabeça, febre, náuseas e vômitos e podem progredir para rigidez do pescoço, convulsões, alucinações e coma.

A infecção é tratada com uma combinação de medicamentos, incluindo o antibiótico azitromicina, o antifúngico fluconazol, o antimicrobiano miltefosina e o corticosteroide dexametasona.