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Mato Grosso do Sul

29 municípios, receberam alerta para risco de morte

Temperaturas têm registrado recordes em todo Mato Grosso do Sul.

Correio do Estado

06 de Outubro de 2020 - 13:58

29 municípios, receberam alerta para risco de morte
Foto: Correio do Estado

Com umidade relativa do ar na casa dos 10% e temperaturas até 5 °C acima da média, Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu seis alertas de perigo para Mato Grosso do Sul nesta terça-feira (6).

As temperaturas nunca registradas no Estado serão mais perigosas no Centro, Norte e Leste de Mato Grosso do Sul. Nos municípios destas regiões, há risco de morte por hipertermia - quando a temperatura do corpo humano aumenta até o organismo entrar em colapso.

O problema ocorre por causa das ondas de calor extremas e prolongadas. Como a variação de temperatura ao longo do dia é muito pequena, o corpo humano não consegue regular a própria temperatura, provocando o superaquecimento.

Contudo, os mais suscetíveis à condição são idosos e crianças.

Moradores de Água Clara, Alcinópolis, Aparecida Do Taboado, Aquidauana, Bandeirantes, Brasilândia, Camapuã, Campo Grande, Cassilândia, Chapadão do Sul, Corguinho, Costa Rica, Coxim, Figueirão e Inocência.

O alerta também se estende para Jaraguari, Paranaíba, Paraíso das Águas, Pedro Gomes, Ribas do Rio Pardo, Rio Negro, Rio Verde de Mato Grosso, Rochedo, Santa Rita do Pardo, Selvíria, Sonora, São Gabriel do Oeste, Terenos e Três Lagoas.

Ao sinal de qualquer situação adversa o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil devem ser acionados gratuitamente. Os telefones de contato são, 193 e 199, respectivamente.

Cuidados

Mesmo em municípios que não receberam o alerta, o clima comparado ao de deserto pode trazer riscos à saúde.

"Particularmente temos um agravante aqui que é esse clima seco, e uma combinação disso com amplitude térmica, isso diminui a resistência dos mecanismos de defesa das vias respiratórias", explica pneumologista Ronaldo Perches Queiroz.

Sintomas como desconforto nos olhos, boca e nariz, dores de cabeça, confusão mental, cãibras e desidratação podem ser os sintomas causados pelas condições climáticas extremas.

Pelos padrões da Organização Mundial da Saúde (OMS), a umidade ideal é de 60%. Para reduzir as consequências do clima seco, a receita é investir na hidratação, consumindo muitos líquidos e lavando o nariz com soro fisiológico, além de hidratar a pele para evitar dermatites.

Também é recomendado não se expor ao sol e, se o fizer, utilizar sombrinha ou guarda-chuva, além de fazer uso de umidificadores de ar.

O período recomendado para a prática de atividades físicas é antes das 10h e após as 17h, sendo salutar para o período usar roupas leves, fazer refeições leves, incluindo frutas e verduras.

A atenção deve ser redobradas com crianças, idosos e cardíacos - que são mais sensíveis.

Evitar locais com aglomeração de pessoas e deixar os ambientes limpos e arejados, recomendação que se tornou típica em tempos de pandemia da Covid-19, também são feitas quanto ao tempo seco.