Mato Grosso do Sul
Com mais 6 frigoríficos habilitados, MS pode dobrar volume de exportações de carne bovina para China
Com a ampliação das plantas habilitadas, podemos chegar a 20%, 25% do total abatido”, disse Verruck.
Assessoria JBS
13 de Abril de 2024 - 07:55
Com mais seis plantas habilitadas para exportar carne à China, o volume das vendas do produto ao país asiático pode ter um aumento significativo nesse ano, representando um novo e importante momento para a economia local, observou o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck. “Atualmente, Mato Grosso do Sul exporta cerca de 11% do total da carne bovina produzida para a China. Com a ampliação das plantas habilitadas, podemos chegar a 20%, 25% do total abatido”, disse Verruck.
O secretário participou, na manhã dessa sexta-feira (12), da solenidade de embarque da primeira carga exportada para a China por um dos frigoríficos habilitados recentemente. O presidente Luís Inácio Lula da Silva e o governador Eduardo Riedel prestigiaram o ato, dada importância que representa para o incremento das exportações tanto de Mato Grosso do Sul quanto do Brasil para o mercado chinês, com a habilitação de mais 38 plantas frigoríficas.
O CEO do grupo JBS, Gilberto Tomazini, anunciou durante a solenidade com o presidente Lula que a empresa vai investir mais R$ 3 bilhões no país, dobrar a capacidade de abate atual no Estado, passando para 4.400 cabeças ao dia e contratar mais 2.300 trabalhadores. Tudo para atender a demanda que se abre junto ao mercado chinês.
Verruck lembrou que a China para um preço melhor pela carne sul-mato-grossense, convertendo-se em lucro maior ao produtor, o que é significativo num momento em que a cadeia produtiva da pecuária passa por um período de forte ajuste de preços. “Hoje, o preço de venda do boi-China chega a 15%, 20% maior. Já foi bem melhor, e a gente acredita que ainda vá retomar um pouco”, frisou.
Mato Grosso do Sul tinha, até então, cinco plantas habilitadas a exportar carne bovina para a China, mas nem todas estavam em atividade, frisou o superintendente de Agricultura e Pecuária, José Antônio Roldão. Dados da Assessoria de Economia e Estatística da Semadesc mostram que, em 2023, a China comprou 50 mil toneladas de carne bovina das empresas em operação no Estado, numa transação de US$ 250 milhões.
A China é o principal destino das exportações brasileiras tanto de carne bovina, quanto suína e de frango, destacando-se como maior parceiro comercial para proteína animal. Em 2023, o país asiático importou 2,2 milhões de toneladas de carnes do Brasil, ultrapassando mais de US$ 8,2 bilhões. Até o início de março deste ano, o Brasil possuía 106 plantas habilitadas para a China, sendo 47 de aves, 41 de bovinos, 17 de suínos e 1 de asininos.