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Mato Grosso do Sul

Criticada por descumprir contrato, CCR arrecadou R$ 179,4 milhões em pedágios

Montante é 9,3% maior se comparado ao ano anterior, quando foram registrados R$ 164,2 milhões.

Campo Grande News

01 de Março de 2024 - 09:37

Criticada por descumprir contrato, CCR arrecadou R$ 179,4 milhões em pedágios
Praça de pedágio na BR-163, cobrado pela CCR MSVia (Foto: Henrique Kawaminami).

A CCR MSVia , responsável pela administração da BR-163 em Mato Grosso do Sul, arrecadou R$ 179,458 milhões em pedágios no ano passado. Um dos principais motivos que a concessionária é criticada é por não duplicar a rodovia, conforme prevê o contrato desde 2014.

O montante é 9,3% maior se comparado a 2022, quando foram registrados R$ 164,251 milhões. Os dados são do Relatório da Administração, divulgado nesta sexta-feira (1°). A concessionária justifica que o valor é em decorrência do aumento do tráfego e reajuste tarifário de 16,82% que ocorreu em agosto.

No ano passado, 19.103.404 veículos passaram pela rodovia, sendo 10.442.317 veículos leves; 293.496 motos; 8.287.764 caminhões; 79.827 ônibus; 39.659 veículos isentos; e 11 motos isentas. Foram registrados 1.704 acidentes no período, com 63 mortes.

A receita líquida ficou em R$ 224,392 milhões, 9% a mais que o ano anterior, que foi R$ 205,812 milhões. O faturamento bruto resultou em R$ 251.310 milhões contra 229.307 milhões em 2022. Já os custos e despesas totais tiveram redução de 3,4%, chegando ao valor de R$ 436.198.

Ainda de acordo com o relatório foram realizados 131.016 atendimentos ao usuário por meio do número “0800” e 114.482 atendimentos de recursos, incluindo serviços mecânicos; guinchos; e atendimentos médicos.

Contrato – O contrato de concessão da rodovia foi assinado em 11 de março de 2014 e tem duração de 30 anos. A empresa é responsável pelos 845 km de estrada que corta o Estado de norte a sul, com nove praças de pedágios.

Em 2019, a concessionária pediu à ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) a rescisão amigável do contrato, solicitando a devolução do trecho, com a alegação de prejuízo com a operação, iniciando um imbróglio que se arrasta até os dias atuais. Em outubro do ano passado, o presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Bruno Dantas, autorizou a repactuação do contrato da BR-163, em Mato Grosso do Sul.

No âmbito do plano de relicitação, estavam contempladas diversas melhorias, como a duplicação de 67 km, a adição de 84 km de faixas extras, a implementação de 2,5 km de vias marginais, a instalação de travessias urbanas e vários dispositivos de segurança.