Estudo mostra que ramal reduz custo do frete em 40% e potencial de carga é de 11,9 milhões de toneladas

A reativação do ramal ferroviário Campo Grande/Ponta Porã pode resultar em uma redução de até 40% no custo do frete. Além disso, a volta do transporte ferroviário,  melhoraria a segurança nas estradas e diminuiria os custos de manutenção, uma vez que haveria uma redução na circulação de caminhões.

Durante  a audiência pública realizada na quarta-feira à noite no Sindicato Rural, foram apresentados dados indicando que uma composição com 100 vagões seria capaz de transportar 10 mil toneladas, substituindo assim 384 carretas, cada uma com capacidade para transportar 26 toneladas.

O deputado Pedro Pedrossian Neto afirmou que seriam necessários investimentos de R$ 2 bilhões ao longo dos 60 anos de concessão para reativar o ramal. Enquanto a ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre) projetou um potencial de carga anual de 200 mil toneladas, o deputado calcula, com base no volume de produção dos municípios abrangidos pelo ramal, que a carga potencial de Ponta Porã, Dourados, Maracaju e Sidrolândia seria de 11,9 milhões de toneladas.

Essa estimativa inclui 4,6 milhões de toneladas de soja, 3,5 milhões de toneladas de milho, 853 mil toneladas de carne, 1,5 milhão de toneladas de produtos industriais e 1,3 milhão de toneladas de importação. Esses municípios são responsáveis por 32,81% da produção de soja do Estado (4,611 milhões de toneladas) e 31,20% da produção de milho (3,568 milhões de toneladas).